Arte coluna Padre Omar 20 dezembro 2025Arte Paulo Márcio

O Natal se aproxima e, com ele, a noite iluminada por uma promessa que atravessa os séculos. Um anjo do Senhor, envolto em luz, rompe a escuridão e anuncia aos pastores a grande alegria: nasceu o Salvador. Deus se fez um de nós para que fossemos como Ele.
E se Deus vem ao nosso encontro, mesmo quando o nosso coração se assemelha a uma manjedoura, então podemos afirmar com confiança: a esperança está viva e envolve a nossa vida para sempre. A esperança não desilude. É no Natal que a renovamos, como quem reacende uma chama que nunca deveria se apagar.
Aprendamos com o exemplo dos pastores. A esperança que nasce nesta noite santa não tolera a preguiça dos acomodados. Não aceita a falsa prudência de quem evita se comprometer, nem o egoísmo de quem pensa apenas em si.
A esperança cristã é incompatível com a tranquilidade de quem se cala diante do mal e das injustiças que recaem, sobretudo, nos mais pobres. Pelo contrário, ela nos convida a esperar com paciência o crescimento do Reino, mas exige também a audácia de o antecipar, através da responsabilidade, da solidariedade e da compaixão.
A esperança cristã é esse “algo a mais” que nos impele a avançar apressadamente, como fizeram os pastores naquela noite. Nós somos chamados a encontrar em Jesus a nossa maior esperança e a levá-la sem demora, como peregrinos de luz em meio às trevas do mundo.
Neste Natal, assumamos o compromisso de levar esperança onde ela se perdeu: onde a vida está machucada, os sonhos desfeitos e os fracassos dilaceram o coração; no cansaço de quem já não aguenta mais, no sofrimento silencioso.
Que, na noite santa de Natal, Jesus nasça para todos nós. E, com Ele, que a alegria floresça, que a vida se transforme e que a esperança, mais uma vez, nos recorde: ela não decepciona.