Luarlindo Ernesto, repórter do Jornal O DIA.Arquivo O DIA
A cor vermelha forte das frutinhas atraem a atenção das pessoas. Mas, para chegar até a árvore, passam sob uma parreira - que está carregada
de cachos - e pelas árvores das frutas de conde e a da maçã - que ainda não deu sinal para que veio. Elas escondem as bananeiras e outras duas
parreiras. O pé de nêspera, que alimentava as ararinhas e outros pequenos pássaros, começou a tombar. Tive que sacrificá-lo. Acredito que eu tenha caído na boca (ou bico) dos pássaros. Devo estar sendo xingado até os dias de hoje. Bem, os vizinhos também ficaram sem as
nêsperas... Mas, o romã vai substituir. Já está quase no ponto de sair do vaso, na estufa, para o local definitivo no quintal.
Um vizinho, que anda sumido, o Nelson, sempre aparecia para pegar folhas de boldo, do ora pro nóbis, cidreira, e da graviola. Para não perder a viagem, ainda levava pimentas e goiabas. Mas o amigo me trouxe a canela de velho e babosa, que eu plantei. Até hoje, não sei porque, desconfio que Nelson fazia alguma mistura de ervas para vender, tipo garrafada. Nunca perguntei.
Hoje em dia, com a correria do trabalho, não tenho mais verduras e muito menos legumes. Nem mesmo o pêssego, que era meu xodó, resistiu
às pragas. Ah, a laranja seleta foi derrotada por fungos. O caju, que trouxe da Ilha Grande há mais de 30 anos, foi outro que perdi. Acho
que vou tentar cultivar cevada. Sem os vizinhos saberem, é claro.
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