O Teatro Municipal Ruth de Souza, que homenageia a pioneira entre as atrizes negras na dramaturgia do país.Divulgação / Prefeitura do Rio

A intérprete de "Olhos coloridos", Sandra Sá, é para lá de conhecida. Mas quem foi Dyla Sylvia de Sá? A cantora e a professora são algumas das mulheres de destaque para a história da cidade homenageadas em equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura. De sambista a dona de casa, passando por poeta e jornalista, saiba quem são as moças que marcaram o coração do Rio e hoje dão nome às construções cariocas.

Teatro Ruth de Souza
Pioneira entre as atrizes negras na dramaturgia brasileira, foi a primeira brasileira indicada ao prêmio Leão de Ouro, no Festival de Veneza, concorrendo como atriz coadjuvante por seu trabalho em "Sinhá Moça”.

Arena Carioca Jovelina Pérola Negra
Considerada por muitos como uma das maiores divas do samba, Jovelina Faria Belford foi um marco para a consolidação do pagode, marcou presença entre as pastoras da escola Império Serrano e ainda recebeu um disco de platina. A alcunha "Pérola Negra" não foi por acaso, sendo sugerido por um amigo da cantora, que quis dar destaque à sua voz rouca e imponente.

Areninha Carioca Sandra Sá
Um dos maiores nomes da black music no Brasil, Sandra Sá coleciona sucessos como “Soul de verão” e “Olhos coloridos”. Além do trabalho como cantora, Sá também é atriz, com seu papel mais recente sendo na série “Sem Filtro”. Em agosto, a artista completa 68 anos.

Centro Cultural Professora Dyla Sylvia de Sá
Professora, poeta e revolucionária que lutou pela educação infantil na Praça Seca, Dyla fundou a primeira biblioteca infanto-juvenil do bairro, hoje nomeada como Biblioteca Cecília Meirelles. A pedido de amigos e admiradores, o Centro Cultural da região agora leva o seu nome e promove também a arte e educação no território.

Biblioteca Cecília Meireles
Pintora, professora, jornalista, poetisa e escritora, Cecília é a primeira mulher a ser lembrada quando se fala da Segunda Fase do Modernismo Brasileiro. A obra mais importante que deixou para os estudiosos da Literatura foi “Romanceiro da Inconfidência”, lançado em 1953. A primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro também foi um de seus feitos.

Espaço de Leitura Maria Firmina dos Reis
Primeira mulher negra homenageada na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), a maranhense é conhecida pela obra “Úrsula”, um romance de 1859 sobre triângulos amorosos considerado o primeiro do gênero publicado por uma mulher negra na América Latina.

Biblioteca Annita Porto Martins
O espaço de leitura homenageia uma antiga moradora do bairro Rio Comprido, que deixou saudades não apenas entre os familiares e amigos, mas em toda a vizinhança. A dona de casa foi considerada por muitos uma brilhante contadora de histórias.
*Colaborou o estagiário Gustavo Braz, sob supervisão de Aline Macedo.