Lula faz tratamento venoso para pneumonia e influenza Afoto de divulgação Gov.br

Apesar de adiada por conta da pneumonia, a ideia é reagendar assim que o quadro de saúde permitir. Isso porque a viagem de Lula à China será muito mais do que uma atividade comercial. Depois de declarações desastrosas e provocações gratuitas na gestão passada, o atual presidente pretende cruzar o Meridiano de Greenwich com a missão de reatar o relacionamento desgastado e reconquistar a confiança do principal parceiro comercial que ultrapassou os Estados Unidos desde 2009.
Essa reaproximação acende um sinal vermelho para o governo de Joe Biden. Os americanos não tinham o que se preocupar diante da retórica anti-China adotada pelo Bolsonarismo com constantes críticas, provocações e Fake News. Inclusive, um dos filho do ex-presidente chegou a a culpar o país parceiro pela pela epidemia de Covid 19, o que irritou os chineses. A tempestade diplomática juntamente com a pandemia fizeram com que os investimentos daquele país estagnassem no Brasil.
Desembargo à carne
Agora o panorama é bem diferente. Pequim acaba de afagar os brasileiros. Como um presente de boas vindas, suspendeu o embargo a carne bovina produzida no Brasil. Para preparar o terreno e selar a paz, o técnicos da agricultura embarcaram no meio da semana anterior para o país oriental. 
O formato da Comitiva que acompanharia o chefe de estado brasileiro será mantido: 240 empresários, 90 deles do setor agropecuário. Já temendo críticas, o ministério das Relações Exteriores fez questão de frisar que o empresariado vai arcar com suas despesas. A expectativa é que sejam mantidos, pelo menos, dez memorandos de entendimento entre Brasil e China nos segmentos: turismo, ciências, tecnologia, minério, transição energética e meio ambiente.
Acordos Sustentáveis
Justamente a questão ambiental ganha estratégica não só pela qualidade de vida que proporciona como também para as imagens corroídas dos dois país neste segmento. A China precisa desfazer a associação como vilã da sustentabilidade. E o Brasil, mostrar que não vive mais a realidade da "porteira aberta" para o boi da irregularidade passar. Isso sem falar no interesse dos chineses no hidrogênio verde e nós, em vendermos nossas potencialidades para a produção desse combustível do futuro.
Não tomar partido na disputa com EUA
De uma forma pragmática, Lula tem como desafio estreitar os laços em torno das mais vantajosas parcerias comerciais, mas sem entrar na disputa política e econômica entre as duas poderosas nações parceiras.  Tanto que, estrategicamente, a visita a Xi Jinping foi programada para menos de dois meses após ter se reunido com Joe Biden na Casa Branca. A intensão é de que seja remarcada assim que os médicos permitirem. 
Neste sentido, o Palácio Itamaraty já tinha orientado de forma muito incisiva que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não comentasse a polêmica em que os Estados Unidos tentam restringir ou forçar a venda do gigante aplicativo chinês Tik Tok, queridinho da garotada. Com a viagem se concretizando em outra data, fica válido também o conselho diplomático para que não se pronuncie sobre a Guerra entre a Rússia e a Ucrânia devido a aproximação do presidente Putin coo o governo chinês. No entanto, por sua velha característica verborrágica, não há certeza de que Lula vá seguir essa e outras recomendações no novo agendamento da viagem ou mesmo que comente esses casos aqui mesmo em território brasileiro. 
O Ministério das Relações Exteriores, não se pronunciou também será reagendada a ida aos Emirados Árabes, considerada também estratégica já que havia um forte flerte com o Bolsonarismo. Lula da Silva quer ganhar a simpatia dos emiradenses para abocanhar para o Brasil parte dos 800 bilhões de dólares que os milionários árabes acenam em investimentos internacionais.