Nova funcionária do Aeroporto do Galeãofoto de divulgação Rio Galeão

Atenção! Animais na pista. Isso não acontece somente nas estradas, mas também é bastante comum nas plataformas de pousos e decolagens de aeroportos de todo o mundo.
Recentemente chamou a atenção quando um pequenino caranguejo impediu que uma aeronave de passageiros que vinha do Rio de Janeiro pousasse no Aeroporto Eurico Aguiar Sales - de Vitória, no Espírito Santo. O piloto teve que arremeter, expressão técnica para quando a aeronave já está em processo de pouso, mas volta a decolar antes de tocar o solo. O avião só completou seu curso após terem retirado do crustáceo da pista.
Animais empregados
Tê-los entre o corpo de funcionários não é nenhuma novidade no mundo. Eles ajudam a afugentar outros bichos não credenciados para circularem na pista. O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte recolheu 343 intrusos no ano passado e 33 em abril. Conta com um literal cão de guarda e uma equipe de falcões no seu quadro de empregados.
“Para garantir o sucesso das atividades, considera-se que a ave está em primeiro lugar e o seu bem-estar deve ser assegurado em todos os momentos. As aves utilizadas pela falcoaria são sempre oriundas de criadouros registrados no órgão ambiental competente, possuem nota fiscal e anilhas de identificação de origem’, explica Dardânia Leite, gestora de Sustentabilidade, Qualidade e Administrativo do BH Airport.
Galeão ou Arca de Noé?
O Aeroporto Internacional Tom Jobim no Rio de Janeiro pode ser facilmente confundido com um zoológico. O Rio Galeão é pioneiro no uso de cabras em sua equipe. Estrela e Cintilante são tão queridos que já ganharam até os apelidos de “baby bode” e “bode véio".
A dupla caprina é responsável pela diminuição do impacto ambiental do terminal carioca. O casal come o mato que brota entre o asfalto e no entorno além, de aparar o gramado, evitando o uso de tratores para este fim. Assim, diminui a queima de combustível.
Os bodes se juntaram aos gaviões Radar e Kaká; dos falcões Árya, Minerva e Ravena, além do cachorro Hammer, resgatado em março de 2020 e treinado para ajudar no afugentamento de aves e demais animais que possam prejudicar a operação aeroportuária.
“Temos registrado excelentes resultados com a atuação dos animais em nossos programas de Manejo de Fauna e Vegetação. Entre 2015 e 2022, identificamos uma redução de 48% do número de incidentes do aeroporto. Por isso, estamos muito felizes com a chegada da Estrela e do Cintilante no nosso time. Com certeza eles reforçam a nossa atuação em prol da segurança operacional do aeroporto e
desempenho ambiental”, afirma Milena Martorelli, gerente de sustentabilidade do RIOgaleão.

Cadela psicóloga
Foi-se o tempo em que o clássico do compositor Belchior atribuía às aeromoças a função de acalmar os passageiros. Hoje em dia, quem tem essa função no Galeão é Gigi. A cachorrinha brincalhona circula pelo saguão com a missão de amenizar a fobia dos passageiros. É que apesar de ser considerado o segundo meio de transporte mais seguro do mundo, 42% dos brasileiros sentem medo de voar, segundo o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística – IBOP.
Em junho de 2021, Gigi foi resgatada no estacionamento do terminal de cargas do Aeroporto Internacional Tom Jobim, e desde então passou a ser treinada pela equipe da Radar Soluções Ambientais para exercer a função de acalmar os viajantes ansiosos.
“Sabemos que existem pesquisas que apontam que a interação com animais pode acalmar e trazer sensações ligadas ao bem-estar. Nosso trabalho com a Gigi é justamente proporcionar bons momentos para os passageiros do RIOgaleão, fazendo com que a experiência de voar seja inesquecível”, afirma Milena Martorelli, gerente de Sustentabilidade do RIOgaleão.