Acordos bilaterais de Lula com os Emirados Árabesdivulgação Gov.br
Além de atender aos interesses pessoais de Lula em se firmar como um líder político internacional e figurar o Brasil como protagonista mundial da preservação ambiental, o empenho do mandatário brasileiro como presidente do G20 realizado em novembro de 2024 continua rendendo também dividendos econômicos.
Essa aproximação se intensifica diante das expectativas sobre como ficará a relação daquele país com os Estados Unidos durante a nova gestão do controverso Donald Trump e a preocupação da administração de Abu Dhabi em criar novas alternativas econômicas além do petróleo. Um dos nossos trunfos é a representatividade ambiental do Brasil. Para os Emirados é vantajosa essa interação como parte da estratégia em limpar a imagem negativa dessa nação da Península Arábica no campo da sustentabilidade.
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Embora esse alinhamento já estivesse sendo feito diplomaticamente e através do aumento de investimentos no Brasil feito pelos fundos financeiros controlados pelos sheiks nos últimos tempos, o encontro presencial entre os Chefes de Estado acelerou as articulações em andamento, e incentivou o surgimento de novas possibilidades.
Olho no Olho
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A reunião bilateral provocada por Lula da Silva com o príncipe herdeiro Khaled bin Zayed Al Nahyan, foi encaixada na apertada agenda da cúpula do G20, realizada em novembro, no Rio de Janeiro.
Criada no ano passado pelo ditador Sheikh Mohamed, a Erth Zayed Philanthropies tem como principal missão atenuar a negativa imagem internacional. Além da ausência da liberdade democrática e de controversas questões sociais, o abastado país da Península Arábica também sofre com a histórica desconfiança ambiental associada a impactante extração do petróleo, ironicamente sua grande fonte de riqueza.
Como parte da estratégia foi através dessa entidade criada pelo governo ditador que foi anunciado oficialmente a destinação do equivalente a 40 milhões de dólares para serem aplicados em programas de desenvolvimento sustentável no Brasil. A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas foi outro ponto chave para estreitar os laços. Dubai, um dos sete territórios árabes, acabou de sediar a COP 28. Já o Brasil se prepara para abrigar a próxima edição em novembro deste ano, na cidade de Belém.
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Lula da Silva contou com o apoio político dos sheiks para conquistar os votos dos cinco países permanentes da ONU e outras nações integrantes, para a escolha do Brasil para sediar COP 30. O mandatário brasileiro ainda apelou a nosso favor em seu processo de sedução a possibilidade da realização do evento ambiental mais importante do mundo ser realizado em um dos estados que abriga a emblemática Floresta Amazônica.
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