BlocoArmando Paiva
Quase 5 mil toneladas! Esse foi o saldo ambiental das festas de Carnaval de 2024 somando as capitais Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, de acordo com dados das prefeituras locais. Só em Belo Horizonte, 5,5 milhões de foliões geraram 700 toneladas de resíduos recolhidos evidenciando o impacto desse grande evento na limpeza urbana.
"Os dias de folia sempre trazem problemas relacionados à sujeira nas cidades, mares e rios", ressalta Eduardo Azevedo, COO da Minha Coleta, empresa especializada em gestão de resíduos.
Rio de Janeiro
No caso da Cidade Maravilhosa, terra carnavalesca, a folia não acontece apenas nos dias oficiais, mas a largada foi dada desde a virada do ano, com centenas de blocos de todos os tamanhos arrastando multidões. Somente nos primeiro final de semana de fevereiro deste ano deixaram um rastro de 28 toneladas por onde passaram. Desta forma deve superar o mesmo período do ano passado quando foram removidas 193 toneladas nos três fins de semana pré-carnaval antes do Carnaval.
O efetivo total da Companhia Municipal de Limpeza, a Comlurb, é de 7.500 garis escalados e 73 agentes de limpeza. Estão disponibilizados 10 mil contêineres de 240 litros e mil de 1200 litros nas áreas de concentração dos blocos.
Lixo Zero
Diante da multidão, a equipe de fiscais do Lixo Zero não dá vazão apesar da multa pesada entre R$ 282,38 a R$ 773,65. No primeiro final de semana de ensaios técnicos das Escolas de Samba foram aplicadas apenas 13 autuações por descarte irregular e 21 por urinar em via pública nas imediações do Sambódromo carioca.
Por trás da energia contagiante, há um desafio crescente: equilibrar a diversão com o cuidado ao meio ambiente. E a solução para essa equação exige esforço conjunto — de foliões, governos e empresas.
Impacto Ambiental
O Carnaval é mais do que festa, é um marco cultural que movimenta a economia e as emoções do país. Mas sua grandiosidade traz um preço: áreas urbanas e ambientais tomadas por resíduos, muitos dos quais poderiam ser reciclados ou descartados de forma correta.
O Carnaval é mais do que festa, é um marco cultural que movimenta a economia e as emoções do país. Mas sua grandiosidade traz um preço: áreas urbanas e ambientais tomadas por resíduos, muitos dos quais poderiam ser reciclados ou descartados de forma correta.
“Usar latas em vez de plástico, descartar corretamente e até optar por purpurina biodegradável já faz diferença. Faltam campanhas que eduquem os foliões de forma clara e acessível, mostrando que pequenas ações individuais podem ter um impacto gigante" pontua Eduardo Azevedo
Carnaval sustentável: Uma responsabilidade de todos
Carnaval sustentável: Uma responsabilidade de todos
Apesar das ações individuais serem importantes é preciso o comprometimento também do poder público, dos produtores dos eventos e das empresas envolvidas.
"Se governos e empresas não tomarem medidas concretas, continuaremos enfrentando os mesmos problemas todos os anos", explica e especialista
Ações ainda iniciais começam a exigir que eventos façam a gestão dos seus próprios resíduos gerados. As parcerias com cooperativas de catadores também resultam em redução do lixo espalhado.
Agentes de Mudança
As empresas patrocinadoras de festas, blocos e grandes festividades também precisam ser chamadas à responsabilidade. Além da gestão e destinação adequada dos resíduos, têm a chance de inovar, substituindo o plástico por embalagens de alumínio, que são mais recicláveis, e oferecendo brindes úteis e sustentáveis.
"Não adianta distribuir itens promocionais que viram lixo nas ruas. É preciso criatividade para oferecer produtos duráveis e recicláveis, que criem valor em vez de problemas", comenta o executivo que sugere brindes como bolsas reutilizáveis ou acessórios temáticos, que podem ser reciclados após o uso.
Construção de um Carnaval Verde
A sustentabilidade nos dias de folia não é apenas um desejo distante e sim uma necessidade urgente que já começou a ser abordada.
"Estamos começando a ver avanços importantes, como sistemas de rastreamento de resíduos e legislações mais rígidas em algumas cidades. Mas o desafio maior está na integração entre as esferas pública e privada. Sem cooperação, não conseguimos criar uma mudança duradoura. Precisamos de um esforço nacional para criar uma nova cultura de consumo consciente, principalmente nos grandes eventos”, sinaliza o executivo.
Contatos do Colunista Luiz André Ferreira
e-mail: pautasresponsaveis@gmail.com
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Agentes de Mudança
As empresas patrocinadoras de festas, blocos e grandes festividades também precisam ser chamadas à responsabilidade. Além da gestão e destinação adequada dos resíduos, têm a chance de inovar, substituindo o plástico por embalagens de alumínio, que são mais recicláveis, e oferecendo brindes úteis e sustentáveis.
"Não adianta distribuir itens promocionais que viram lixo nas ruas. É preciso criatividade para oferecer produtos duráveis e recicláveis, que criem valor em vez de problemas", comenta o executivo que sugere brindes como bolsas reutilizáveis ou acessórios temáticos, que podem ser reciclados após o uso.
Construção de um Carnaval Verde
A sustentabilidade nos dias de folia não é apenas um desejo distante e sim uma necessidade urgente que já começou a ser abordada.
"Estamos começando a ver avanços importantes, como sistemas de rastreamento de resíduos e legislações mais rígidas em algumas cidades. Mas o desafio maior está na integração entre as esferas pública e privada. Sem cooperação, não conseguimos criar uma mudança duradoura. Precisamos de um esforço nacional para criar uma nova cultura de consumo consciente, principalmente nos grandes eventos”, sinaliza o executivo.
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