Brasileiro sonha com dinheiro extra para comprar imóvel

A compra do imóvel é considerada um dos grandes sonhos dos brasileiros. E essa percepção fica ainda mais evidente na recente pesquisa Radar Febraban (Federação Brasileira de Bancos), feita em parceria com o Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas). Segundo o estudo, se a economia melhorasse e sobrassem recursos no orçamento além do necessário para as despesas básicas, 38% utilizariam essa sobra para adquirir a moradia. O índice é o maior desde o início da série histórica, em março de 2021, quando 23% dos brasileiros tinham essa intenção. O levantamento apresentou opções de gastos para 2 mil pessoas, ouvidas entre 4 e 14 de fevereiro.

A pesquisa aponta ainda que a aplicação em investimentos bancários ficou em segundo lugar, citada por 20% dos entrevistados. Em seguida aparecem aplicação na poupança (19%), reforma da casa (19%), investimentos em educação (14%), viajar (11%), comprar um automóvel (10%), fazer ou melhorar o plano de saúde (6%), comprar produtos eletrônicos (4%), adquirir uma moto (3%) e contratar uma apólice de seguro (1%). "Temos um novo governo com diretrizes econômicas que têm sido bastante discutidas no meio político e entre a sociedade. Em meio à expectativa de melhora ou piora da economia, a pesquisa demonstra que o sonho da casa própria tem se tornado ainda mais forte entre os brasileiros. Isso deve nortear ações políticas do governo e também é um importante indicador em relação ao potencial de consumo brasileiro", avalia Antonio Lavareda, sociólogo, cientista político e presidente do Conselho Científico do Ipespe.

A Caixa está inaugurando o projeto Salas das Cidades e Estados. Até abril, serão disponibilizados 54 desses ambientes pelo país para representantes de estados e municípios que poderão utilizar os espaços para reuniões, assessoramento técnico em projetos do setor público, assinatura de contratos de repasse, de financiamento, e de empreendimentos habitacionais, entre outros. “Com essa iniciativa, a Caixa estreita o relacionamento com as cidades e estados e coloca à disposição todo o corpo técnico do banco para auxiliar os gestores locais a construírem projetos para impulsionar o desenvolvimento econômico e social”, afirma Maria Rita Serrano, presidente da Caixa.