A coluna já trouxe aqui que o sistema de consórcio tem sido uma alternativa para quem deseja comprar um imóvel de forma programada, além de explicar que o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) pode dar um empurrãozinho na aquisição. Continuando neste tema, pesquisa feita pela assessoria econômica da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios) revela algumas curiosidades sobre a modalidade. Por exemplo: 43,3% dos consorciados utilizaram seus créditos na compra de imóveis residenciais urbanos.
Já 12,8% estão construindo ou reformando, 8,8% adquiriram terrenos, 0,9% assinou compra na planta e 0,4% investiu em casas de veraneio. Além disso, 0,3% destinou os valores para aquisição de imóveis comerciais e 33,5% usaram em outros imóveis ou finalidades. Segundo a Abac, o levantamento feito com as administradoras de consórcios que atuam no setor imobiliário mostrou que, desde maio de 2019 até o mesmo mês deste ano, houve avanço de 128% no acumulado de novos consorciados e aumento de 62,2% no total de participantes ativos.
A pesquisa demonstrou também que a participação média de um consorciado em grupo de imóveis foi de 185 meses, com 0,10% de taxa média de administração mensal e com contratos no valor médio de R$ 216 mil. Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abac, ressalta que um dos aspectos positivos do sistema é a preservação do poder de compra quando o consorciado é contemplado. “Para tanto, periodicamente, os créditos dos contratos são reajustados e atualizados. Os índices mais utilizados são o INCC (Índice Nacional da Construção Civil), com 76,9%, seguido pelos IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), com 15,4%, e 50% pela Selic, com 7,7%”, explica Rossi.
Maioria é de pessoas físicas
O estudo da Abac apontou ainda que o total de consorciados ativos é formado por 63,1% de pessoas físicas e 36,9% de jurídicas. Entre as físicas, o predomínio (45,6%) é de indivíduos que têm acima de 45 anos. Na sequência está a faixa etária de 31 a 45 anos, com 45,1%. Já os que se encaixavam na de 18 a 30 anos representaram 9,3%. Vale lembrar que, como em toda negociação, o interessado deve ter alguns cuidados. De acordo com o advogado Leandro Sender, a principal dica é verificar se a administradora do consórcio é autorizada a operar pelo Banco Central, órgão que regulamenta o setor. Além disso, é fundamental pesquisar a reputação das empresas em sites especializados.
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