Zona Sul do Rio concentra os bairros com a maior alta no preço do metro quadrado para locaçãoFreepik

A coluna traz hoje um panorama do mercado de locação mostrando que 94% dos bairros do Rio de Janeiro, ou seja, nove em cada dez regiões, registraram alta no valor do metro quadrado (m²) nos últimos 12 meses, encerrados em julho. Além disso, o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb aponta que, no último ano, houve um avanço de 17,8% nos preços na cidade, sendo o maior percentual registrado em toda a série histórica, iniciada em 2019. Já na comparação com junho, a variação foi de 1,1%, elevando a média do m² para R$ 38,46.
A Zona Sul concentra os bairros com a maior alta no preço no período. Dos dez que estão no topo do ranking, cinco ficam localizados na região, sendo que o principal aumento foi registrado em Ipanema (52,9%). Para se ter ideia, de acordo com o estudo, quem procurava um imóvel para alugar no local, em julho de 2022, encontrava o valor médio em R$ 62,18/m². Um ano depois, o preço chegou a R$ 95,8/m², quase R$ 33 a mais. Na outra ponta, somente dois dos 33 bairros monitorados tiveram queda do preço na capital fluminense: Cascadura, com redução de 7,2% no período, e Cachambi com 4,8%.
Confira a lista dos 10 bairros mais valorizados:
1 - Ipanema - 52,9%
2 - Leblon - 40%
3 - Flamengo - 30,8%
4 - Copacabana - 22,2%
5 - Maracanã - 20,4%
6 - Andaraí - 19,3%
7 - Jacarepaguá - 19,1%
8 - Centro - 18,5%
9 - Barra da Tijuca - 17,7%
10 - Botafogo - 17,6%
Na avaliação de Pedro Capetti, especialista em dados do Grupo QuintoAndar, o cenário de alta no Rio tem se manifestado de forma generalizada, abrangendo diversos bairros e regiões. “No entanto, há uma valorização maior na Zona Sul, região com uma melhor infraestrutura”, explica Capetti. Apesar dos aumentos, é possível economizar, afirma o especialista. A dica, segundo ele, é procurar o novo lar com antecedência. Dados do índice mostram que o desconto médio das transações foi de 3,3%, em julho, 0,5 ponto percentual acima do registrado em junho. “Um desconto de 3,3% pode parecer modesto, mas pode representar uma benfeitoria na casa durante um contrato de 30 meses de aluguel. Há espaço para barganhar e conseguir o melhor preço”, ressalta Capetti.