A alienação fiduciária é, hoje, a principal garantia utilizada nos contratos de financiamento imobiliárioFreepik
Segundo a advogada Luana Francini, do escritório Sender Advogados Associados, a lei já era vastamente aplicada nos contratos de aquisição e financiamento de imóveis. No entanto, a constitucionalidade do diploma ainda era discutida no STF que, na sessão desta quinta-feira, finalizou o julgamento e considerou o regramento como constitucional. “Tal entendimento, sem sombra de dúvidas, gera maior segurança jurídica, o que aumenta a confiabilidade desse tipo de garantia e, certamente, gera impactos no mercado imobiliário, barateando o crédito ao consumidor”, alerta Luana.
Para quem pretende adquirir um imóvel, a dica da especialista é ficar atento às condições ofertadas pelas instituições financeiras, especialmente em relação à forma de atualização monetária e aos juros do contrato (considerando o tempo de financiamento), e ter a ciência de que, caso as parcelas não sejam pagas, o imóvel irá a leilão.
Como funciona a alienação fiduciária
Ela ressalta que, caso as parcelas não sejam pagas, a garantia é executada nos termos da Lei 9.514/97, que prevê que o devedor é intimado a pagar o débito e que, caso não o faça, a propriedade do bem se consolidará em nome do credor, que poderá leiloar a unidade. O processo se dará de forma extrajudicial, com os devidos registros na matrícula do imóvel, sem a necessidade de levar o caso à justiça. “E é justamente essa facilidade de executar a garantia em caso de não pagamento que tornou a alienação fiduciária tão popular. Isso porque os bancos, cientes de que podem leiloar o imóvel em caso de inadimplência, acabam por conceder taxas de juros mais baixas e parcelamentos mais longos e atrativos, facilitando assim o acesso ao crédito pelos consumidores”, complementa Luana.
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