Prefeito Eduardo Paes destacou na cerimônia do primeiro empreendimento pelo Reviver Centro 2 que dá mais lucro construir nesta região do que em qualquer outro lugar da cidade.Marcos de Paula

O Bairro de Fátima, local que há 40 anos não recebia lançamentos imobiliários, acaba de ganhar o primeiro residencial pelo Reviver Centro 2, da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Econômico, da Prefeitura do Rio. O empreendimento será construído pela W3 Engenharia em um dos últimos terrenos disponíveis da Avenida Nossa Senhora de Fátima. A cerimônia de abertura do estande, realizada nesta quinta-feira, dia 19, contou com as participações do prefeito Eduardo Paes, do secretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Chicão Bulhões, do presidente da Câmara, Carlo Caiado, da presidente do IRPH (Instituto Rio Patrimônio da Humanidade), Laura Di Blasi, além de personalidades do mercado imobiliário como Claudio Hermolin, presidente do Sinduscon-RJ (Sindicato da Indústria da Construção Civil).

“Com apoio da Câmara de Vereadores, concedemos um número enorme de incentivos e benefícios para quem investir e construir no Centro por um tempo determinado. São cinco anos, e esperamos que as pessoas utilizem esses benefícios e invistam no Centro. Que elas ousem porque hoje é mais negócio e dá mais lucro construir no Centro do que em qualquer outro lugar da cidade”, comentou Eduardo Paes.

De acordo com a Prefeitura, a nova legislação foi aprovada pela Câmara de Vereadores em setembro e sancionada pelo prefeito no último dia 9. O plano prevê diversos incentivos urbanísticos e tributários como a isenção de pagamento de Imposto sobre a Transição de Bens (ITBI), por cinco anos, e tem como objetivo incentivar o aumento da oferta de unidades residenciais na região central da cidade, a partir da construção de novos residenciais ou de retrofit. Desde que entrou em vigor em julho de 2021, o Reviver Centro já registrou 44 pedidos de licença com os benefícios da legislação, dos quais 32 foram concedidos. No total, são 3.629 unidades residenciais, das quais 2.446 licenciadas e 1.183 em tramitação.

“É mais um projeto que se inicia no Centro da cidade. Estamos oferecendo todos os incentivos financeiros, urbanísticos e de projeto, todo o possível para a reocupação do Centro. Esse bairro aqui até já tem umas pessoas morando, mas é claro que precisamos reconectar com o restante do Centro da Cidade. Nosso trabalho agora, além de incentivar e provocar o mercado a aproveitar esses incentivos enquanto estão disponíveis, é a gente reocupar o Centro para que ele prospere. Parabéns para a W3, que apostou no projeto e saiu na frente. Esperamos que outras empresas cariocas e de todo o Brasil comecem a olhar para o Centro do Rio”, comemorou Chicão Bulhões.

Carlo Caiado, presidente da Câmara, lembrou que o Centro é uma região histórica que precisa ter preservação e, ao mesmo tempo, incentivos para fomentar o local. “O Centro é o nosso pulmão cultural e de vida. Ver que as pessoas estão vindo de lugares mais distantes para morar perto do trabalho é muito bom”, afirmou Caiado.

Claudio Hermolin, presidente do Sinduscon-RJ (Sindicato da Indústria da Construção Civil), destacou o sucesso do Reviver Centro 1, pois a iniciativa trouxe de volta o interesse das incorporadoras e das construtoras em comprar terrenos para desenvolver empreendimentos na região. “De tudo que foi lançado até hoje no Centro, mais de 85% das unidades já foram vendidas. E 75% delas foram para pessoas que ganham até 10 salários mínimos. A maioria dos compradores veio da Baixada Fluminense e das zonas Norte e Oeste. Ou seja, são pessoas que moravam longe e que desejam estar mais perto do trabalho, o que foi possível com o Reviver Centro”, observou Hermolin.

Ele diz ainda que, no caso do Reviver Centro 2, houve um entendimento de que alguns ajustes precisavam ser feitos. “Três pontos importantes foram fundamentais para que esse lançamento depois de 40 anos no Bairro de Fátima fosse possível: o aumento no percentual da outorga interligada, de 40 para 60%; a não cobrança da contrapartida para a outorga onerosa pela prefeitura na região; e o não pagamento de ‘mais valerá’ para empreendimentos residenciais na região do Centro”, explica o executivo. Segundo ele, além destes fatores, a isenção total de ITBI para os compradores de imóvel residencial no Centro também faz toda a diferença.

Chicão Bulhões lembrou o esforço que os poderes público e privado estão fazendo pelo Centro e aproveitou para lembrar outras iniciativas. “Tem muita coisa boa vindo por aí: o Reviver Cultural, a Rua da Cerveja e outras ações”, frisou Bulhões.

Abertura de vendas no dia 28 de outubro

 
Obras de empreendimento no Bairro de Fátima começarão em março de 2024 - Divulgação
Obras de empreendimento no Bairro de Fátima começarão em março de 2024Divulgação
De acordo com Flávio Wrobel, diretor da W3, a comercialização dos imóveis do Cores de Fátima acontecerá no dia 28 de outubro. As obras vão começar em março de 2024 e a entrega está prevista para junho de 2026. “A W3 já havia sido a pioneira ao lançar o Cores do Rio, primeiro projeto do Reviver Centro, em 2021. Temos orgulho de agora apresentar o Cores de Fátima, primeiro lançamento do Bairro de Fátima viabilizado pelo Reviver 2. Temos certeza de que vamos também ajudar a revitalizar esta região que é muito valorizada”, ressalta Wrobel. O residencial será construído na Avenida Nossa Senhora de Fátima, 55. Para o CEO da Patrimóvel, Vitor Moura, a expectativa de venda é muito positiva, pois a região tem grande demanda. “Estamos muito animados e, com certeza, o Cores de Fátima será um sucesso”, prevê Moura.

Com 64 unidades entre apartamentos tipo e garden (com quintal privativo), o Cores de Fátima terá estúdios, um ou dois quartos com tamanhos de 34 a 98 metros quadrados. Os imóveis têm valores a partir de R$ 385 mil e pelo Reviver Centro 2 será possível conseguir isenção total de ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis), o que representa 3% do valor do imóvel, calculado pela Prefeitura do Rio. O residencial terá também segurança 24 horas, academia e salão gourmet, além de conveniências como os espaços Pet e Delivery. O Valor Geral de Vendas (VGV) é de R$ 40 milhões.