Prefeita Magdala Furtado sanciona lei que proíbe pronome neutro Redrodução/ Ascom
A situação também pode influenciar as próximas eleições municipais, já que o campo mais à esquerda da cidade, que buscava um nome de centro, estavam achando que Magdala poderia ser um nome alternativo para uma boa escolha à frente da prefeitura.
O QUE DIZ A PREFEITURA
Em nota, a Prefeitura de Cabo Frio esclareceu que a Lei nº3.838/2023 foi aprovada pela Câmara Municipal e respeitando a representação do povo através da Casa Legislativa, feita por meio de escolha democrática, o Executivo sancionou a matéria citada. A gestão municipal informou ainda, que o parecer da Procuradoria Geral do Município, não indica vícios de inconstitucionalidade na Lei.
Ainda na nota, a prefeitura citou a Superintendência de Políticas Públicas LGBTI+ e o Ambulatório Demétrio Campos, que atende especificamente a população transexual e travestis, além do apoio à 18ª Parada do Orgulho LGBTI+, com a presença da prefeita Magdala Furtado. Por fim, reforçou que o novo slogan do governo, “Nesta terra todos são iguais”, não é em vão, e “que os ideais de respeito, igualdade e inclusão sempre serão praticados por toda a gestão”.
“PELA EDUCAÇÃO”, DIZ LÉO MENDES
O vereador que criou o Projeto de Lei, Léo Mendes, explicou à coluna que teve a ideia de proibir o uso da linguagem neutra no ensino e a divulgação em propagandas públicas do município porque “linguagem neutra não faz parte da língua portuguesa”. “Eu não tenho nada a ver com as pessoas que usam linguagem neutra no dia a dia, mas preso pela educação. Qualquer pessoa que faça uso de linguagem neutra em um concurso público, em uma redação por exemplo, vai perder pontuação. Sendo assim, não faz sentido os órgãos públicos divulgarem isso e muito menos as escolas”, pontuou o parlamentar que disse também, que o projeto já tem mais de um ano de tramitação.
INSTITUTO IGUAIS SE PRONUNCIA
O Instituto Iguais, que atua na luta pelos direitos da população LGBTI+, emitiu uma nota: “A proibição do uso da linguagem inclusiva, além de ferir as ciências sociais e linguísticas, incorre em inconstitucionalidade, como já foi sentenciado pelo STF, por indevida censura prévia, cerceamento ao direito à igualdade e à liberdade, especialmente de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber, merece com toda certeza nosso repúdio", disse a Presidenta do instituto Iguais, Glauce Bizzo.
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