Bombeira civil Déborah de Magalhães Mendonça, de 32 anos, foi encontrada pela família em uma clínica na Zona Sul do Rio, após ficar cerca de 1 semana desaparecida Arquivo Pessoal

A aflição da família Magalhães acabou em alívio após receber a notícia da localização da bombeira civil Déborah de Magalhães Mendonça, de 32 anos. Ela estava desaparecida desde a última terça-feira, quando, segundo familiares, havia feito o último contato por um aplicativo de mensagens. Déborah foi encontrada em uma clínica psiquiátrica na Zona Sul do Rio.
De acordo com familiares, a bombeira havia saído de casa, em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio, há cerca de 9 dias, para participar de um evento, em um hotel fazenda, em Rio Bonito, na Região Metropolitana do Rio, e não retornou. A direção do complexo hoteleiro, no entanto, informou à família que Déborah não compareceu à unidade. Na ocasião, devido à falta de retorno, a família comunicou à polícia e, com apoio de amigos, iniciou às buscas.
Durante à procura, familiares receberam diversas informações sobre o paradeiro da bombeira. Em uma delas, uma amiga confirmou ter reconhecido Déborah através de uma imagem, em uma agencia bancária de uma cidade litorânea em São Paulo. Conforme relatos da família, Déborah teria retornado ao Rio de Janeiro em um carro de aplicativo e se internado na clínica por vontade própria. As circunstâncias e motivação do sumiço serão apuradas pelas autoridades competentes.
‘Graças a Deus a minha filha está viva’
Aliviada, a professora aposentada Solange de Magalhães, de 60 anos, agradeceu à rede de apoio que recebeu nas buscas à filha. “Ela está internada, em tratamento. Ainda não temos os detalhes sobre o sumiço, mas isso não importa. Graças a Deus a minha filha está viva! Agradeço de coração a todas as pessoas, inclusive às desconhecidas, que se sensibilizaram com nossa angústia, e nos ajudaram. Agora é dar o apoio necessário e seguir a vida. Obrigado”, disse a professora.

Estado do Rio registrou mais de 1,5 mil sumiços em 2023
De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), de janeiro a março de 2023, o Estado do Rio de Janeiro registrou 1.585 casos de desaparecimento de pessoas. A Baixada Fluminense, seguida das Zonas Norte/Oeste do Rio, contabilizaram, respectivamente, 441 e 363 casos. Logo atrás, vem a Capital com 346 sumiços e a Região Metropolitana, que marcou 207. Fecham as estatísticas: o Norte-Fluminense, com 92; o Sul Fluminense, que marcou 77; e a Região Serrana, com 59 ocorrências.
De acordo com o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID), do Ministério Público Estadual, o sumiço de pessoas com problemas psiquiátricos correspondem, aproximadamente, a 12% dos casos.