Após quase 30 horas de buscas, o avô do jogador Fernandinho foi localizado na noite da última quinta-feira, em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco Reprodução Redes Sociais

 Após quase 30 horas de buscas, o aposentado Benedito Machado, de 81 anos, avô do jogador Fernandinho, do Clube Athletico Paranaense, foi localizado pela família, na noite de ontem, na região de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco. De acordo com a família, o idoso tem Alzheimer e teria perdido a noção de localização, após sair de casa, na manhã da última quarta-feira.
Em relato à polícia, a cuidadora, de 48 anos, teria notado a ausência do idoso quando chegou para trabalhar. A Polícia Civil de Pernambuco chegou a instaurar inquérito para apurar o sumiço do aposentado. Aliviado, Fernandinho, que havia usado as redes sociais para pedir ajuda, desta vez postou mensagens de agradecimentos.
“Estou muito feliz, estou muito contente. Recebemos a informação de que ele foi encontrado. A polícia está a caminho no local onde ele foi localizado. Então fica aqui meu agradecimento especial a todas as pessoas que se mobilizaram e ajudaram em oração, ajudaram com energias positivas”, disse o jogador, em vídeo postado em suas mídias sociais.
A Polícia Civil de Pernambuco informou que aguardará o registro de pessoa localizada para emitir nota oficial sobre o caso. 
Desaparecimentos de idosos por problemas de saúde são recorrentes
De acordo com o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, os desaparecimentos de pessoas, com faixa etária entre 36 e 65 anos, correspondem a 23,04% e de 66 anos em diante o número chega a 5,56% do total de casos registrados em sua pesquisa. No caso específico de idosos, com idade a partir dos 60 anos, os sumiços recorrentes estão relacionados, na sua maioria, a problemas de saúde.
Documentos, objetos com identificação e especificação de doenças são fundamentais na prevenção
Para prevenir os sumiços de idosos, especialistas orientam o porte de documentos e a identificação com contatos inscritos em objetos como pulseiras e cordões. Em casos de problemas de saúde, sobretudo com diagnósticos de Alzheimer e demência senil, o ideal é constar também especificações das doenças, tipos sanguíneos e medicamentos usados no tratamento.
“Precisamos orientar às famílias em relação à prevenção aos sumiços de idosos. Conscientizar a sociedade para o aumento da expectativa de vida, pois nossa população envelhecerá a cada ano. As políticas públicas de prevenção também devem ser efetivadas. Orientamos às famílias de idosos para o uso de documentos, objetos de identificação e especificação de doenças e/ou outras deficiências. São ações simples que farão diferença no momento das buscas”, explica a assistente social Cláudia Santos, especialista em transtornos psicossociais.