Por tabata.uchoa

Rio - Não têm início nem fim. Ao mesmo tempo que não apontam para nenhum lado, com qualquer peteleco podem sair rolando por aí. Bolinhas, circunferências e círculos são populares: estão no gramado do futebol de domingo e no tecido de roupas de grife. A partir de hoje, ocupam (numa overdose redonda!) o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), que recebe a exposição ‘Obsessão Infinita’, retrospectiva da japonesa Yayoi Kusama.

‘Campo de Falos’%3A jardim de esculturas no meio de espelhosDivulgação


“Não acredito que as bolinhas tenham muito significado além do meramente simbólico e estético. O interessante é que elas são a forma encontrada pela artista para recriar e comunicar tudo o que sente com as alucinações que sofre desde criança”, explicou o curador Philip Larratt-Smith, que esteve com Kusama em dezembro para pensar as primeiras individuais da artista pela América Latina.

Aos 84 anos, a japonesa ainda produz a pleno vapor no ateliê que mantém dentro da instituição psiquiátrica onde vive, por vontade própria, desde 1997. Obras recentes, feitas no ano passado, figuram entre instalações, esculturas e vídeos produzidos de 1949 para cá.
Na Sala da Obliteração, os visitantes recebem cartelas com adesivos de bolas coloridas para decorar o espaço totalmente branco, do chão ao teto. É para deixar todo mundo bolado.

Serviço:

CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL. Avenida Primeiro de Março 66, Centro (3808-2020).
De qua a seg, das 9h às 21h. Grátis. Até 26 de janeiro.

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