Gisele Bündchen  - Reprodução da internet
Gisele Bündchen Reprodução da internet
Por RODRIGO TEIXEIRA

Estados Unidos - Nesta terça-feira, a top Gisele Bündchen voltou a falar de sua síndrome do pânico em sua conta oficial no Instagram. A modelo afirmou que pedir ajuda para profissionais e pessoas próximas foi essencial na luta contra o transtorno.

"Às vezes nos sentimos sozinhos, como se não houvesse saída, mas isso não é verdade. Meus ataques de pânico foram difíceis e procurei ajuda de familiares, especialistas, professores e amigos. Pedir ajuda nunca é um sinal de fracasso, mas um sinal de força, porque vale a pena salvar sua vida", escreveu.

A psicóloga Miriam Pontes de Farias explicou que a síndrome do pânico ou transtorno de pânico é um quadro de ansiedade muito intenso.

"Está classificado como transtorno de ansiedade, como o próprio nome já diz, causa um grande transtorno na vida da pessoa e é acompanhado de crises de pânico com muito sofrimento físico e emocional, a emoção mais frequente é um medo desesperador", esclareceu a profissional.

Segundo ela, durante um ataque de pânico, pacientes podem apresentar sensações corporais reais como: sudorese, taquicardia, respiração ofegante ou falta de ar, boca seca, visão desfocada, sensação de desmaio, muita tensão pelo corpo, enjoo, aperto e/ou dor no peito, tontura, tremor, sensação de calor ou calafrio.

"Acompanhado de todos esses sinais físicos, um medo enorme, com uma apreensão e uma sensação de que alguma coisa muito ruim pode acontecer a qualquer momento, muitos pensamentos negativos, esse medo pode levar o indivíduo a mudanças de comportamento, como evitar lugares em que não possa ser socorrido rapidamente, de passar mal na rua e não ter ninguém para ajudar”, completa.

De acordo com a psicóloga, crises de pânico podem ocorrer sem nenhum motivo aparente, não existe uma causa, até a presente data não se sabe o que pode provocar uma crise de pânico.

"Juntamente com o transtorno de pânico pode surgir também um quadro de agorafobia a pessoa tem todos os sinais do pânico e, ainda mais, só se sente segura e protegida dentro de casa, preferindo se isolar. Esses comportamentos, vão diminuindo as possibilidades de relacionamentos e de vida, há o risco de depressão devido ao isolamento que o transtorno acaba provocando. É também muito comum o indivíduo com pânico ficar com medo de ter novas crises”, disse Miriam.

Alguns estudos mostram que o estresse, fatores genéticos e pressões da vida moderna podem desencadear as crises de pânico, assim como outros transtornos de ansiedade.

Tratamento

"A hipnose é uma técnica muito eficaz nos transtornos de ansiedade, podendo ser utilizada por um profissional habilitado, no caso, um psicólogo. Quando o sofrimento é muito intenso é indicado o uso de medicação, prescrito por psiquiatra. Em muitos casos há cura, em outros há o controle da ansiedade", finalizou Miriam Farias.

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