Carolina Dieckmann - Reprodução
Carolina DieckmannReprodução
Por Gabriel Sobreira

Rio - Aos 40 anos, Carolina Dieckmann vive, nas palavras dela, "um momento riquíssimo", após passar dois anos se dedicando única e exclusivamente à família a atriz se mudou para Miami, nos Estados Unidos, com os filhos acompanhando o marido, Tiago Worcman. "Fiquei dois anos direto com ele, de dona de casa, fazendo tudo, jantando com ele todo dia, levando vida de casa. É como se eu tivesse vivido dentro de uma bolha muito feliz, dentro da minha bolha, que já é muito feliz", celebra Carolina.

"Sinto que meus últimos dois anos em Miami com minha família foi como se eu tivesse tido um sonho longo, quase que sem problema. Você ter trabalhado a vida inteira e ter condições financeiras de, no teu trabalho, pedir um tempo, porque muitas vezes as pessoas não conseguem", pondera ela. "Quantas vezes com meus filhos tive que voltar a trabalhar rápido. Agora ter tido isso eu considero uma bênção", argumenta.

RIO-MIAMI

Apesar de ter que se dividir entre Miami e Rio, Carolina não pensou duas vezes quando recebeu o convite do autor Aguinaldo Silva e do diretor artístico Rogério Gomes, o Papinha, para a novela 'O Sétimo Guardião', da Globo. "Estou tentando conciliar a vida lá fora com família e trabalho. O coração vai ficar apertado, mas ao mesmo tempo estou em contato com os meus desejos. Eu queria trabalhar, é importante para mim ver que estou tentando dar conta de tudo", conta ela, com orgulho.

Também pesou na decisão o fato de Papinha mandar a real para a atriz. "Ele disse: 'Vem Carol, a gente vai cuidar de você. Vou deixar você voltar para ver os seus filhos', lembra, aos risos.

FILHOS

Apesar de administrar bem o aperto no peito, Carol diz que é muito bem acolhida aqui no Brasil. "A experiência (de morar fora) foi obviamente sem problemas, fui ficar com meu marido. Não tive que trabalhar, que fazer nada para ter essa experiência. Foi só prazer, não tenho nada para falar de mal", entrega ela, que é mãe de Davi, de 19 anos, fruto do antigo relacionamento com o ator e empresário Marcos Frota, e José, de 11, do atual casamento com Worcman.

"O mais velho está fazendo universidade lá, uma coisa que nem existe no Brasil, é uma mistura de educação física com biomecânica, que é um pouco fisioterapia. É um pouco complicado de explicar. Tipo ao redor do esporte. Seria uma educação física aprimorada", revela a mãe coruja.

Acostumada a trabalhar desde os 15 anos, Carolina lembra que, devido à sua dedicação aos cuidados da família nos últimos dois anos, causou estranheza no caçula quando ela falou que ia trabalhar.

"(O José) não me viu trabalhando, porque nos últimos dois anos, que foram dos oito aos dez, ele começa a entender um pouco a dinâmica da vida, e eu fiquei com ele (esse tempo). Agora ele fica: 'Mas você trabalha, mamãe?'. Porque ele já esqueceu que eu trabalhava. Eu falo: 'Trabalhei muito quando o seu irmão tinha a sua idade. Trabalhei muito a vida inteira'", frisa ela.

"Quando eu tinha 14 anos, enquanto eu estava trabalhando, via as meninas indo para festas, intercâmbio, morando fora. Eu não tive isso. Comecei a trabalhar e ralei muito. Acho que mereci, lutei muito, trabalhei muito a minha vida inteira", acrescenta.

BELA

Sempre elogiada pela beleza, Carolina Dieckmann afirma que nem sempre foi fã do próprio visual. "Quando eu era adolescente, era obesa. Um braço gigante, peito gigante, coxa gigante, era toda inflada, como se estivesse pegado um balão e soprado", confessa.

A atriz diz que tudo mudou depois da gestação do primogênito. "Me sinto mais bonita porque, desde que fui mãe, me sinto realizada. Olho para mim hoje com 40 anos e me acho mais bonita do que aos 13, sem dúvida nenhuma. Gosto de ver os meus ossos, a maçã do meu rosto, de não ter aquela bochecha, do meu peito ser menor, do meu braço ser mais fino. É o tipo de beleza de que eu gosto mais", destaca a loura.

SUCO

Para manter a boa forma, Carolina tem dois aliados importantes. O primeiro é um suco de kombucha, uma bebida que emagrece. "Desde que me mudei para os Estados Unidos, tomo kombucha (produzida a partir da fermentação de chá, açúcar cristal orgânico e a cultura de leveduras e bactérias), que agora chegou aqui. É um probiótico, muito bom para o intestino, imunidade, alcaliniza seu sangue, tem um monte de propriedades. Foi um hábito que peguei quando fui pra lá. Suco verde para mim não rola. Aí, tomo 300 ml de kombucha por dia, acho uma boa medida", ensina.

REMO

Além da bebida, a atriz se tornou adepta da prática do remo. "Tem uns três meses que faço todos os dias, uns 20 minutos. O remo é uma coisa que mexe com o corpo inteiro. Não é um exercício que você faz, como correr, e machuca uma articulação. Não tem as coisas ruins dos aeróbicos. É um exercício leve em todos os sentidos e mexe o corpo inteiro", aponta.

MENTE JOVEM

Com todo o cuidado que tem com a saúde, a loura atesta que não entra na neura de busca pela juventude física. Contudo, faz questão de ter a jovialidade mental. "Todo mundo deveria ter. A jovialidade física, não adianta ter essa busca, o tempo vem aí, e é maravilhoso que ele venha. A gente amadurece, se entende melhor, espiritualmente também. Mas a juventude interna é muito importante para a gente querer estar sempre ágil, se manter capaz, se manter saudável", explica. "Se você bebe, fuma, se droga, vai para night, tem hábitos loucos de vida, você acaba comendo mais (anos de) vida. Eu acho que esse pensamento de você se manter jovem é pensamento saudável, no sentido de que a gente tem que estar sempre querendo estar bem e apto", acrescenta.

DESEJOS

Enquanto na vida real a atriz está em contato direto com os desejos dela, na novela a realidade da sua personagem é outra bem diferente. Afrodite (Carolina) é uma mãe de quatro filhos, que não consegue impor sua vontade ao desejo do marido, Nicolau (Marcelo Serrado), de ter mais um herdeiro.

"A questão da Afrodite é ela entender e ver onde está o desejo dela, se está nessa vida ou se ela de repente gostaria de ter uma outra vida. Acho importante a gente saber que tem o direito, e acho que o dever, de conversar sempre com a gente. De refazer os contratos que temos com a vida, do que a gente quer, se estamos realmente felizes, se estamos no caminho que gostaríamos de estar. A maior diferença entre mim e a Afrodite é que tenho certeza de que estou fazendo o que gostaria de fazer. E ela, não", explica.

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