Rita Benneditto e 'Tecnomacumba': música para quebrar a intolerância e o preconceito
 - Divulgação/Ana Oliveira
Rita Benneditto e 'Tecnomacumba': música para quebrar a intolerância e o preconceito Divulgação/Ana Oliveira
Por RICARDO SCHOTT

Rio - De 2003 para cá, mudaram algumas coisas na vida da cantora Rita Benneditto. A começar pelo seu nome artístico que era o verdadeiro, de registro (Rita Ribeiro), quando ela tirou do papel o projeto 'Tecnomacumba'. Naquele ano, ela subia ao palco do saudoso Ballroom, no Humaitá, para apresentar sua mescla de umbanda e sons eletrônicos. O show ganhou mais músicas, novos músicos e colaboradores, e chega à comemoração de 15 anos nesta sexta, no Circo Voador.

"É um show de resistência, né? Fico triste de ainda vivermos o preconceito, a intolerância", celebra Rita. "As pessoas achavam que o nome 'macumba' era pejorativo, ligado ao negativo, e insisti. Ao mesmo tempo, todos foram vendo que se tratava de um show comprometido com a preservação da cultura. É um sincretismo musical", completa ela, que já levou 'Tecnomacumba' para Dacar, no Senegal. "Era o lado mais muçulmano da África, mas eles se identificaram com a sonoridade".

Festa não é festa sem convidados. Rita leva para o palco sua banda, Os Cavaleiros de Aruanda (Fred Ferreira nas guitarras, Junior Crispim na percussão, Pedro Dantas no baixo e Ronaldo Silva na bateria). Abrindo a noite, tem a guitarrada do Combo Cordeiro, e o som da DJ Tata Ogan. Durante o show, o pintor Fernando Mendonça faz um quadro ao vivo. E o show tem música nova, que já ganhou clipe, '7Marias'. "Uma homenagem aos 15 anos do projeto e ao poder feminino pela aura mítica da pomba-gira. Que muita gente entende como sendo negativa. Mas é o poder feminino em mais alto grau", conta.

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