Dani Calabresa e Reginaldo Sama - Joaquim Costa/TV Globo
Dani Calabresa e Reginaldo SamaJoaquim Costa/TV Globo
Por Gabriel Sobreira

Rio - "Achava que se não saísse na primeira eliminação, já era vantagem", brinca Leo Jaime, que, ao lado de Dani Calabresa e Erika Januza, está na final do 'Dança dos Famosos', quadro do 'Domingão do Faustão', hoje, na Globo. O trio confessa que nem de longe passava pela cabeça deles dançar na última etapa da competição e concorrer ao prêmio no embalo do tango e da valsa: um carro 0 km para o(a) famoso(a) e outro para o(a) professor (a).

"Eu entrei para aprender a dançar, para me conhecer, para ver se eu tenho capacidade de decorar, de fazer, de me expressar, começando a dançar com 37 anos. Eu não sabia se eu ia conseguir fazer as pegadas, os acabamentos, ter postura", conta Calabresa.

CONVITE

Leo lembra que já tinha sido convidado outras vezes, mas a agenda nunca batia e, se não fosse para participar com total empenho, não teria graça participar. "Eu tinha algum receio de me expor ao julgamento das pessoas. Mas todos os meus amigos me incentivaram. Eu sempre gostei muito de dança, sempre quis dançar, além de sempre ter achado o quadro muito legal", diz.

Para Erika Januza, 33 anos, o convite veio como um presente. Não é clichê. Ela recebeu o chamado para o quadro um dia depois do aniversário (7 de maio). De tanta emoção, até chorou. "Sempre quis participar", conta ela, que onde vai é tietada. "As pessoas falam comigo sobre o dança, não tem um lugar que eu vá e não falam comigo. Aeroporto, supermercado, posto de gasolina. É impressionante como as pessoas torcem", comemora a mineira de Contagem.

PSICOLÓGICO

Dançando desde agosto deste ano, o trio teve que se acostumar com dores, ensaios, coreografias, nervosismo, além de aprender novos ritmos e enfrentar o julgamento dos jurados e do público. Dani conta que o quadro a ajudou a trabalhar o lado psicológico. "Meu professor (Reginaldo Sama) mostrava uma coisa para mim: 'Oh, eu vou te jogar aqui...'. E eu pensava: 'Não sei, não consigo, não faço...'. É a cabeça travando, mas o corpo faz. Então, ele conseguiu me convencer a fazer algumas coisas e eu pensava: 'Estou fazendo. Eu estou fazendo, meu Deus'", diverte-se a apresentadora. Quando terminava a apresentação no domingo, a alegria de Dani era imensurável. "Dá vontade de sair, se jogar na plateia e já ir com uma Cidra. Abrir uma champanhe e (gritar) 'valeu!'", brinca a também humorista.

APRENDIZADO

Erika, por exemplo, diz que sai do quadro uma outra mulher e que vai levar muito do 'Dança' para a vida dela. "Me ensinou a ser mais focada. Se tenho medo das pegadas altas, quero pelo menos tentar, antes de dizer que não consigo. Me tornei mais corajosa", atesta. Parte dessa segurança também veio da fé da atriz. Para driblar o nervosismo, ela reza o Pai Nosso e para São Jorge e São Bento, entre outros. Aos sábados, Erika costuma ir à missa para poder estar mais tranquila no dia da prova. "Já levei até alguns motoristas do 'Dança' comigo, aos sábados, para missa (risos). No domingo, vou com energia renovada", entrega, feliz da vida.

NERVOSISMO

Dominar o nervosismo é também a parte mais difícil para Leo Jaime. Aos 58 anos, ele conta que, como se importa muito, a cada nova dança é como se fosse uma nova estreia e por causa disso ele quer fazer bem feito. Sem contar que as coreografias têm muitos detalhes. "E aí, ter essa concentração para fazer tudo certo e, ao mesmo tempo, curtir a apresentação, é difícil", explica ele, que tira uma lição do quadro. "Aprendi que o exercício físico não precisa ser chato, que a dança é para todos os corpos e idades, e também aprendi a me sentir mais confortável dentro do meu corpo", reforça.

Dani faz coro: "Todo mundo pode dançar. Não existe o corpo certo para a dança. Uma pessoa mais velha pode dançar. Uma pessoa mais baixinha pode dançar. Uma pessoa muito magra pode dançar. Uma mais gordinha pode dançar. Todo mundo pode dançar".

PARCEIROS DE DANÇA

Quando se trata dos parceiros de dança, os finalistas são só elogios. Segundo Erika, Elias Ustariz já é um amigo dela. Eles se falam mesmo quando não tem ensaio. "Ninguém faz nada sozinho, não cheguei até aqui sozinha, sou muito grata a ele e toda dedicação dele", derrete-se. De acordo com Dani, Reginaldo Sama é o responsável por ela ter amado o processo do 'Dança dos Famosos'. "Ele é muito divertido, está sempre bem-humorado. Eu falo que ele tem alma de criança, tem um coração puro, é bondoso. Ele é um talento. São todos muito talentosos, mas o meu professor é o melhor (risos). Ele é o melhor coreógrafo, melhor bailarino. Faz a coreografia para mim, ele adapta para mim", provoca a atriz do 'Zorra'. Leo é outro que não poupa elogios para Larissa Parison, a sua parceira de dança. "Ela acreditou em mim até mesmo quando eu não acreditava. Ela foi muito positiva, muito otimista, me compreendeu. Ela também é pedagoga e tem uma didática muito bacana na hora de passar as coreografias", conta ele, orgulhoso.

TANGO E VALSA

Dani Calabresa, que sofre de labirintite e vertigem, vai cortar um dobrado na hora de dançar valsa, um ritmo que é preciso rodar muito. "Estou me jogando (nos ensaios), mas muitas vezes estou com tontura no ensaio e na apresentação. Mas é que a felicidade e a sensação de realização são tão maiores que eu deixo a vertigem lá no fundo. Mas a valsa, ensaiar rodando, com uma postura clássica e chique, olha não é fácil, não", revela, com humor.

Para Jaime, o tango é uma dança bem mais complexa do que a valsa, que é elegante e tem que ser leve e fluida. "Mas os passos do tango são bem mais complicados. Depende de uma intensidade emocional, passos mais rebuscados", explica ele. Enquanto isso, Erika não esconde de ninguém a vontade de dançar a valsa. Ela até chorou quando experimentou o figurino que usará na apresentação. "Não tive festa de 15 anos com valsa, estou dizendo que vai ser a minha valsa aos 33 anos (risos). Está sendo uma celebração pessoal. Nunca dancei valsa e vou ter essa oportunidade no palco do 'Domingão do Faustão'", vibra.

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