Guilherme Logullo, ator criador do podcast 'Eu Ator' - Divulgação
Guilherme Logullo, ator criador do podcast 'Eu Ator'Divulgação
Por Lucas França

Rio - O termo 'podcast' apareceu pela primeira vez no dicionário Oxford em 2004. Passados 16 anos, o atual momento se mostra o mais popular para a tal mídia. Com podcasts de diversos assuntos no mercado, de culinária à política internacional, o ator Guilherme Logullo sentiu falta de um que falasse sobre sua realidade. Ao perceber a demanda, não perdeu tempo: no dia 14 de janeiro, Logullo disponibilizou em diversas plataformas de streaming a primeira temporada de 'Eu Ator', podcast de entrevistas com atores, atrizes, diretores e diretoras.

"Eu descobri o mundo do podcast e passei a ouvi-los bastante. E podcast é assim né, você busca qualquer palavra e aparece um mundo de opções. Escrevi 'ator', em português, e não apareceu nada. Quando escrevi 'actor', em inglês, veio um leque gigante de possibilidades", relembra Guilherme Logullo.

Uma das inspirações principais para ele criar o projeto pessoal foi o podcast estadunidense 'Audrey Help Actors'. Logullo traz no 'Eu Ator' bate-papos sobre carreira e curiosidades de bastidores. Nomes como Luiz Fernando Guimarães, Deborah Evelyn e Dennis Carvalho estão presentes na primeira temporada. Já para a segunda, que estreia em fevereiro, já estão confirmadas, por exemplo, Thati Lopes e Cininha de Paula. A ideia de Logullo é lançar uma temporada por mês.

"As pessoas me mandam mensagem dizendo que maratonaram a temporada, algo parecido com o que fazem na Netflix. Meu desafio maior é me encaixar com a agenda dos convidados, mas é um investimento meu, no sentido de deixar um legado, uma mensagem incentivando jovens artistas e até mesmo artistas consagrados a seguirem um caminho", afirma.

Câmera ligada

Logullo diz que é um trabalhador "multiuso" para o podcast. É ele quem produz, entrevista, grava, edita e distribui o podcast. Além do som, ele de propôs a lançar os episódios no YouTube. Para isso, o ator leva para as entrevistas três câmeras e equipamentos de luz. No canal que tem, a mesma conversa do Spotify ganha imagens com cortes, transições e efeitos.

"Fui na casa da Cininha de Paula, quando cheguei lá ela tinha feito café para uma equipe, mas só tinha eu. Tomei o café pelo técnico de luz, pelo câmera etc.Depois é um processo de edição minucioso, exaustivo. Às vezes paro de trabalhar, saio um pouco e volto para continuar", explica o Logullo.

Todo trabalho que Guilherme tem tido com o podcast, que precisa ser conciliado com a carreira de ator dele, é para "incentivar as pessoas, independente da profissão", diz. Ele conta que a profissão de ator tem uma trajetória com "muitos não", e o podcast pode mostrar que existem "vários caminhos nessa carreira e que cada artista é único".

 

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