Suricato - Divulgação
SuricatoDivulgação
Por RICARDO SCHOTT
Rio - Duas gerações do universo pop nacional acabam de se encontrar num single. O trio Melim e o cantor e compositor Rodrigo Suricato (Suricato, Barão Vermelho) gravaram juntos uma nova versão para 'Astronauta', parceria do cantor com Mauricio Barros, tecladista do Barão.
A canção já havia sido gravada no novo disco de Suricato, 'Na Mão As Flores', e havia ganhado sete versões diferentes. No disco, o músico optou pela mais lenta. No single, chamou o Melim para dar uma cara mais solar à canção.
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"O que mais me chamou a atenção neles foi adivisão das vozes, e também as composições. Gosto muito do astral e do fato de continuarem a linguagem folk que começou comigo hácinco anos. Ninguém fazia folk com essa pegada pop antes do Suricato. Isso abriu espaço pra que um monte de gente pudesse ser compreendida. É motivo de orgulho pra mim", conta o músico.
Rodrigo lembra que esteve do lado do trio na hora da gravação: levou a base pronta para que eles colocassem as vozes. "Estive presente e os deixei completamente à vontade. É um feat real e tivemos uma conexão artística bonita e espontânea. Ficamos mais próximos", recorda.
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O trio, por sua vez, diz que foi uma grande surpresa o convite para gravar a canção. "Rodrigo é um cara super querido, talentoso, musical e do bem! Já o conhecíamosdo trabalho com o Suricato, e o melhor de tudo foi a leveza de como produzimos. Nos encontramos no estúdio, ficamos livres pra somar nos arranjos vocais, dali surgiu a ideia de registrarmos o momento. Que acabou virando um clipe!", contam os três por e-mail.
Vários trabalhos
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Rodrigo diz não estar tendo problemas para conciliar seu trabalho com o do Barão Vermelho. "É o melhor dos dois mundos. Barão acabou de lançar disco e eu também. Esse ano irei lançar vários singles. Quero me conectar com os artistas que ainda acreditam em música", conta ele, que trabalhou simultaneamente com duas gerações da música nacional (Barão e Melim). 
"A geração do Melim é acostumada aos singles e desapegada do passado. Não pensa muito em conceito estético e tem uma pensamento muito prático e rápido. Isso evita as enormes angústias que passamos pra realizar discos, com tudo fazendo sentido, da capa às letras. As pessoas não se interessam mais pela escola de samba inteira mas por apenas um carro alegórico, o que é incrível", diz.