Grupo Semente e Simone Mazzer lançam álbum com canções de Nelson Cavaquinho - Divulgação/Thiago Sacramento
Grupo Semente e Simone Mazzer lançam álbum com canções de Nelson CavaquinhoDivulgação/Thiago Sacramento
Por Lucas França*

Os ritmos e a boemia da Lapa foram responsáveis, entre muitas histórias, pela criação do Grupo Semente, destaque do samba na música brasileira. Criado inicialmente com Teresa Cristina no vocal, o Semente chega em 2020, após mais de 20 anos de carreira, com uma nova proposta de CD. O álbum 'Grupo Semente e Simone Mazzer cantam Nelson Cavaquinho', feito em parceria com a cantora originária da MPB e do rock, homenageia o compositor e sambista carioca com 14 faixas e três pot-pourris.

O quinteto é composto por João Callado, Bernardo Dantas, Bruno Barreto, Marcos Esguleba e Maninho. Vencedores do Prêmio da Música Brasileira de 2015 na categoria Samba, o Grupo Semente, de acordo com Callado, de 46 anos, que toca justamente cavaquinho, está com a expectativa de rodar capitais com o novo disco.

Eles já realizaram dois shows no Sesc Copacabana no início de fevereiro.

Apesar da popularidade das canções de Nelson e dele ser um dos compositores preferidos do grupo, Callado revela que eles enfrentaram desafios ao encarar o repertório.

"Nelson Cavaquinho é um dos maiores compositores da nossa canção popular e, apesar de sua música ser muito acessível e fácil de gostar, suas melodias e harmonias são bastante complexas, cheias de armadilhas e desafios musicais, além da carga dramática de suas letras. Passamos bastante tempo aprendendo e ensaiando as canções", relembra o músico.

Lado feminino

Assim como o nascimento do Semente deve muito a Lapa, a existência do atual álbum também tem tudo a ver com o bairro carioca. Simone Mazzer, de 52 anos, cantora revelação no 27º Prêmio da Música Brasileira com o disco 'Férias em Videotape', conta que o convite foi feito por Márcio, depois que ele assistiu a um show dela na Lapa. Acostumada com a sonoridade do rock, Simone conta que se sentiu bem ao cantar samba.

"A obra do Nelson já foi visitada muitas vezes, é muito rica. Ter essa oportunidade de cantar essas canções é uma aula, para qualquer intérprete é impressionante. Como não é a minha zona de conforto, a tendência era ficar mais duras. Tinha que ter técnica, mas tinha que ter o universo que ele criou", explica a cantora.

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