Morre Rita Lee aos 75 anosFoto reprodução Internet
A paulista foi presa aos 28 anos, sob a acusação de portar maconha, no auge da ditadura dos anos 70, enquanto estava grávida de seu primeiro filho do relacionamento com Roberto de Carvalho. Em entrevista para a Folha, em 1997, Rita Lee disse que foi tudo armado, pois "estava grávida e, como boa hippie, não fazia uso de qualquer droga na ocasião".
Além do consumo de cannabis, que já confessou diversas vezes até mesmo em apresentações, a cantora também teve uma relação com entorpecentes sintéticos, como o LSD.
“Desembarquei no aeroporto de São Paulo com um mimoso colar de muitas voltas feito com 'miçangas' de pedrinhas de LSD coladas pacientemente uma a uma num cordãozinho de algodão… A ideia da nossa 'família' era vender a muamba, dobrar o capital investido e partir em nova aventura. Aconteceu que eu, a muambeira, consumi metade do estoque, a outra foi distribuída entre os frequentadores das festinhas de arromba na casa de Guarapiranga, point da crazy people da Pauliceia, com aquela cena manjada de gente desbundada amanhecendo pelos quatro cantos da casa”, disse a cantora em um trecho de sua biografia.
Apesar de ter vivenciado tais experiências, Rita desaconselhava o uso das substâncias e disse que as drogas são como verdadeiros abismos. “Repare como as drogas servem sempre como canos de escape e becos sem saída. Pois é, parece que eu tive de passar por todas para não querer mais nenhuma. Espero que a garotada de hoje seja mais espertinha”, pontuou.
Quando os filhos eram pequenos, a Rainha do Rock no Brasil precisou passar por uma temporada internada, já que o vício em drogas estava fora de controle.
“Eu passei por essa barra, mas não estava sozinha. Tinha meus três meninos e o Roberto, minha mãe, meu pai. Mas só fui me afastar mesmo das drogas, quando Ziza (a neta) nasceu”, contou Rita a revista Marie Claire, em 2013.
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