Paulinho da Viola e Teresa Cristina defendem Vilma Nascimento após caso de racismo em lojaReprodução

Rio - Paulinho da Viola e Teresa Cristina saíram em defesa, nesta quinta-feira (23), de Vilma Nascimento, após a baluarte da Portela ter sofrido racismo na loja Duty Free, no Aeroporto de Brasília. Na ocasião, a porta-bandeira teria sido impedida de sair do estabelecimento, na terça-feira (21), por supostamente "portar um objeto que não havia sido pago", segundo relatou a filha, Danielle Nascimento.
Em seu Twitter, Paulinho não escondeu sua indignação sobre o ocorrido. "Vilma Nascimento, eterna Porta-bandeira da Portela, foi vítima de um ato inaceitável numa loja do aeroporto de Brasília. Foi obrigada a abrir sua bolsa na frente de todos para provar que não havia furtado nenhum produto. Foi com dor e indignação que vi o vídeo dessa cena lamentável, onde Vilma constrangida mostra seus pertences e se explica para uma funcionária", começou.
"Apesar de todos os esforços que temos feito para combater esse preconceito, ele acontece diariamente toda vez que uma pessoa é agredida, humilhada, constrangida e ferida dessa maneira. Eu também me sinto ferido. Sinto muito, querida Vilma, sinto mesmo. Você é muito maior que tudo isso", concluiu.
Veja!
No seu Instagram, Teresa Cristina também prestou apoio à Vilma. "Brasil, o país onde o racismo é jogado para baixo do tapete, escamoteado e enrolado no cinismo do dia a dia. Tive a infelicidade de ver um video onde a maior porta-bandeira da história da Portela, nosso cisne da passarela, Vilma Nascimento, é injustamente acusada de furto na loja Duty Free, em Brasília. Uma mistura de ódio, indignação e revolta me invade ao escrever esse post. Eu só queria pedir desculpas a você, Vilma, e cobrar das autoridades que enquadrem essa loja racista. Que tristeza!", disse.
Confira!
Entenda
Na terça-feira (21), enquanto voltava de uma homenagem na Câmara dos Deputados pelo Dia da Consciência Negra, Vilma teria sido impedida por funcionários de sair da loja Duty Free, no Aeroporto de Brasília, por supostamente "portar um objeto que não havia sido pago", como relatou a filha da porta-bandeira, Danielle Nascimento, nas redes sociais.
Bacharel em Direito, ela afirmou que estava comprando chocolates para sua família enquanto Vilma circulava pelo espaço. "Minha mãe é curiosa. Enquanto eu fazia minhas compras, ela ficou rodando pela pela loja, olhando as prateleiras", disse. Ao final, após pagar os produtos, a filha chamou a ex-porta-bandeira para ir embora.
Segundo ela, nesse momento, duas funcionárias a abordaram dizendo que ambas "estavam em posse de produtos que não haviam sido pagos". Danielle se defendeu dizendo que havia pago pelos itens que estava carregando e que, inclusive, dispunha da nota fiscal que comprovava o pagamento.
"Minha mãe nunca pegou nada de ninguém. Ela ficou surpresa, revoltada e envergonhada, porque tudo aconteceu no meio da loja, na frente de clientes e outras pessoas. Foi muito constrangedor. Revoltante!", desabafou.
No entanto, por orientação da filha, a ex-porta-bandeira permitiu a revista nos seus pertences, que foi gravada. Após nada ser encontrado, Danielle disse que chamaria a polícia para denunciar o caso, e relatou desprezo por parte das funcionárias.
"Depois que elas olharam as coisas da minha mãe, eu falei que ia chamaria a polícia, e fiz alguns questionamentos do porquê daquelas acusações. Só que, tanto a fiscal, quanto a atendente, ignoraram tudo que eu estava falando", relatou.