A Imperatriz, vice-campeã em 2024, mergulhou na sabedoria africana e na mitologia dos orixásReginaldo Pimenta / Agência O Dia
Vieira lembrou sobre a lei que determina o ensino da cultura afro-brasileira nas escolas e vê nas agremiações um papel fundamental para disseminar conhecimento para o público.
"Eu acho que vai ser sempre importante a gente aprofundar o conhecimento sobre a cultura afro-brasileira. Todo mundo sabe que existe uma lei que obriga que o ensino de cultura afro-brasileira seja apreendido nas escolas e da mesma maneira que todo mundo sabe que existe essa lei, todo mundo sabe que não é cumprida. Então, as escolas de samba dentro desse contexto, elas têm um papel fundamental. É por isso que eu acho importante a Imperatriz apresentar um enredo como esse. É importante que dez das 12 escolas estejam debruçadas sobre isso", declarou o carnavalesco, que disse também acreditar que as escolas, além de levarem mais conhecimento, também são importantes para a luta contra o racismo.
"Um país que conhece muito bem os deuses gregos, que sabe a biografia desses deuses tão distantes de nós, conhece muito pouco a mitologia desses deuses que fundam boa parte do imaginário da cultura brasileira. Então acho que os desfiles são a escola de samba a serviço da divulgação de ideias poderosas, de ideias importantes. É a escola de de samba a serviço da luta antirracista, de um pensamento anticolonial", finalizou.
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