Desfile do Salgueiro teve enredo "Salgueiro de Corpo Fechado"Pedro Teixeira / Agência O Dia
Rio - Terceira escola a passar pela Sapucaí neste segundo dia de desfiles do Grupo Especial, o Salgueiro trouxe para o Sambódromo um enredo sobre a religiosidade brasileira. Em busca do décimo título do Carnaval, a Vermelho e Branco fez um cortejo grandioso, imponente e criativo. Uma das alegorias da agremiação desfilou com um defeito e a harmonia de algumas alas oscilou bastante. Essas falhas podem render penalizações importantes na luta pelas primeira colocações.
De volta ao Carnaval do Rio, após ficar restrito aos desfiles em São Paulo no ano passado, Jorge Silveira assinou o enredo "Salgueiro de Corpo Fechado". A narrativa propôs um mergulho nos rituais de proteção utilizados por diferentes culturas ao longo do tempo, incluindo crenças africanas, práticas indígenas e elementos da cultura popular brasileira.
A grandiosidade do conjunto alegórico foi o principal destaque do desfile do Salgueiro. O carnavalesco prometeu um retorno às raízes da escola e entregou um desfile imponente. A leitura do enredo foi bem executada e as fantasias também foram pontos positivos. O ponto negativo ficou por conta do descolamento do pescoço do cavalo da alegoria número 2, que pode levar a agremiação a receber penalidades dos jurados.
Ausente na Sapucaí por sete anos, o intérprete Igor Sorriso voltou em grande estilo e fez uma ótima estreia pelo Salgueiro. O carro de som, comandado por ele, sustentou o samba-enredo com muita qualidade durante todo o desfile. A bateria comandada pelos mestres Gustavo e Guilherme Oliveira deu mais um show e manteve seu padrão de excelência.
Outro ponto negativo do desfile do Salgueiro ficou por conta do canto irregular da escola. Algumas alas da agremiação passar em um ritmo mais frio, algo que pode custar pontos na luta pelas primeiras colocações. A evolução, que historicamente já foi pedra no sapato da escola, foi desenvolvida sem maiores percalços.
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