Por karilayn.areias

Rio - A carreira da cantora Ana Vilela, 19 anos, ascendeu na velocidade da luz. E não tem só trocadilho com a música que aalçou ao sucesso, ‘Trem-Bala’, nisso. Em quatro meses, a canção viral teve quase 39 milhões de visualizações no YouTube. Além disso, foi incluída na trilha de ‘Malhação - Viva a Diferença’. E foi postada nas redes sociais por personalidades como Gisele Bündchen e Padre Fábio de Melo. Agora, após o hit, Ana realiza mais um sonho, lançando seu álbum ‘Ana Vilela’, com 13 faixas, sendo 12 autorais  uma regravação (‘Leãozinho’, de Caetano Veloso).

Ana VilelaDivulgação

“Minha vida mudou tanto. Moro no Rio há um mês. Estou adorando, mas ainda não deu tempo de curtir direito. É porque paro em casa dois, três dias, e viajo”, conta Ana, que lança o disco pela Slap, selo de novidades da Som Livre. E conquistou muito público após fazer um dueto em rede nacional com o seu ídolo Luan Santana, no ‘Caldeirão do Huck’.

ALÉM DO ‘TREM’

A agenda movimentada tem razão de ser, já que, com o disco, realiza-se o sonho de todo mundo que queria saber o que mais ela tinha para mostrar além do ‘Trem-Bala’. “O disco é toda uma história de como cheguei até aqui. Tem músicas que compus antes do ‘Trem-Bala’, de quando tinha 12, 13 anos. Tem muito do que vivo ali. Não tenho muito hábito de escrever sobre coisas que imagino, escrevo sobre o que vivo”, conta. E revela sobre seu processo de criação: “Amo compor e sempre arrumo tempo. É um prazer. Mas não tenho processo, é muito natural. Componho as letras inteiras, direto. Tenho mais de vinte inéditas hoje. Na última semana, fiz duas músicas”. 

A paranaense de Londrina reconhece que o amadurecimento também se impôs rápido na rotina. “Hoje, eu sou mais madura. Quando tudo aconteceu, foi estranho e rápido, não esperava”, diz. “Além de ser conhecida e estar fazendo minha música, eu tenho uma empresa no meu nome, administro salários, antes não sabia o que era isso. Fiquei mais centrada”, ri.

Parece que foi há muito tempo, mas foi no início deste ano que a voz doce de Ana Vilela conquistou o Brasil. Aliás, sua composição de sucesso foi além do país e já ganhou versões em inglês, espanhol e até em francês. “É tão bom quando as pessoas vêm conversar e contam que a música, de alguma forma, transformou a vida delas. Sempre sonhei com isso”, afirma. E cita uma das coisas que já escutou de um fã: “Uma pessoa me parou para dizer que estava doente e ouvir a música fez com que ajudasse na melhora. Isso é a melhor parte, quando sua música toca as pessoas”.

A cantora, reconhecidamente tímida, lem bra sua motivação para compor a letra. “Foi em um momento que estava me recuperando de um término traumático. A inspiração veio em uma conversa que tive com meu avô. Estava triste, e ele me falou pra prestar atenção nas pessoas em volta de mim, os amigos, a família. Estava me redescobrindo”, conta.

Ana revela que, após a canção bombar, teve certo medo de ficar estagnada e ser uma cantora de um sucesso só. “Claro que tive medo disso. E é natural quando uma música estoura desse jeito. As pessoas que convivem comigo dizem que nunca viram nada parecido. Dá medo de ficar estagnada. Mas não preciso esperar que todas estourem como ‘Trem-Bala’. A estabilidade também é uma coisa boa”, reflete a menina. E acrescenta que tem se surpreendido com os fãs: “Sabe, meu público é bem diversificado.

E isso é tão bom! Tem desde criança de 3 anos a gente bem mais velha. Acho que é a coisa criança aqui dentro, livre. Atrai”.

PADRINHO

Há apenas sete anos, em Londrina, a cantora já tocava violão, cantava e compunha. Mas nem em seus melhores sonhos imaginava o que estava por vir. Também era auxiliar em um projeto social e pensava em cursar Letras. “Na verdade, queria cursar música. Mas por conta da minha realidade fi nanceira, não pude fazer, já que é integral. Então, escolhi Letras, que se aproximava mais. Mas agora não penso nisso, quero me dedicar a tudo que estou vivendo”, diz.

Luciano Huck%2C Ana Vilela e Luan SantanaDivulgação

Ela recorda com carinho como tudo começou. “Essa história toda é incrível. Lançar minha música no programa, cantando com Luan, de quem sou fã e me influenciou. Quando penso nisso, só vem à cabeça a Ana de 12 anos, que era apaixonada por ele, por sua música. E tenho vontade de falar para ela: ‘Calma, que vai dar tudo certo’”. A cantora conta que ainda tem contato com o astro. “Quando nos encontramos, é muito bacana. Ele torce por mim. Abraçou essa coisa do padrinho”.

SONHO COMO COMBUSTÍVEL

Ana está ansiosa para o início da turnê. “Devemos começá-la no fi m do ano. Ainda estamos decidindo pelo Rio, São Paulo ou Londrina”, conta ela, que pretende continuar escrevendo sobre a vida, o amor e os relacionamentos em suas músicas. Mas quer diversificar cada vez mais. “Quero trabalhar outros temas. É bacana ter feito uma música  ue tem essa coisa da autoajuda, que motiva as pessoas.

Tenho até outras no estilo, mas quero fazer coisas diferentes agora”, esclarece. “Não paro de sonhar. A capacidade de sonhar é a maior que a gente tem. Nossos sonhos são só nossos, então só você pode ir buscar o que deseja. É importante seguir em frente”.

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