Rio - Kanye West tem dividido os seus fãs e a opinião pública, após declarações polêmicas no Twitter e em entrevistas. O controverso rapper defendeu o presidente americano Donald Trump, disse que "a escravidão é uma opção" e afirmou de forma nada modesta que a Yeezy (linha da Adidas assinada por ele) vai se tornar a maior empresa de vestuário da história da humanidade. O cantor, que voltou para a rede social há menos de 20 dias depois de uma longa ausência, atribuída a uma depressão e uma hospitalização, perdeu seguidores ilustres como Ariana Grande, Katy Perry, Rihanna, Lana Del Rey, Drake e Nicki Minaj.
O retorno de Kanye West
Após quase um ano afastado, Kanye West voltou ao Twitter no dia 15 de abril, o retorno foi no seu estilo "esquisitão" com mensagens cifradas e imagens do passado no maior estilo nostálgico. Ele e a esposa, a socialite Kim Kardashian, protagonizaram momentos de descontração. "Às vezes você tem que se livrar de tudo", escreveu o rapper. "Espera aí, TUDO?", brincou Kim, respondendo ao tuíte do marido. Até aí, tudo fofinho para os fãs.
Rapper declara "amor" a Trump
O cenário mudou após o astro do rap declarar seu apoio a Donald Trump, tuitando seu "amor" pelo presidente e dando indícios de suas ambições políticas. "Você não tem que concordar com Trump, mas a multidão não pode me fazer não amá-lo", disse ele.
"Nós dois temos temos uma 'energia de dragão'. Ele é meu irmão. Eu amo a todos. Não concordo com tudo o que qualquer um faz. Isso é o que nos torna individuais. E nós temos o direito de ter pensamentos independentes."
Trump, que raramente saúda publicamente as celebridades por seus pontos de vista, comentou em um retuíte: "Obrigado Kanye, muito legal!".
O rapper também publicou uma foto sua com um boné vermelho com a marca registrada de Trump, "Make America Great Again", e declarou que sua esposa queria que ele esclarecesse que não concorda com Trump em tudo.
Cantor diz que escravidão é 'opção'
Nesta terça-feira, Kanye afirmou que a escravidão é uma "opção" durante uma entrevista ao site TMZ. "A gente ouve dizer que a escravidão durou 400 anos. Quatrocentos anos? Parece uma opção", disse. "Estamos em uma prisão mental. Gosto da palavra 'prisão' porque 'escravos' está ligada demais aos negros", declarou.
"Sei, é claro, que os escravos não foram acorrentados e embarcados porque queriam", escreveu no Twitter após receber uma enxurrada de críticas. Mas "não podemos permanecer mentalmente prisioneiros nos próximos 400 anos", destacou.
Artistas do hip-hop reagem à declaração
Muitos artistas da comunidade hip-hop, majoritariamente negra e também contrária ao presidente estadunidense, criticaram o rapper, mas "Yeezy" — como é apelidado — recebeu o apoio de colunistas conservadores. Nesta quinta-feira, Snoop Dogg publicou uma foto editada de West como um homem branco com a seguinte legenda: “O novo Kanye, todo branco”.
CEO da Adidas repudia declarações do cantor
Nesta quinta-feira, Kasper Rorsted, CEO da Adidas, marca que patrocina e possui uma linha em conjunto com o artista, afirmou em entrevista à Bloomberg TV que "não concorda" com as declarações de West, mas ressaltou que não está em discussão a possibilidade de encerrar o contrato com o rapper. “West é muito importante para nossa estratégia de roupas esportivas”, completou Kasper.
Kim Kardashian estaria preocupada com o marido
Após as polêmicas envolvendo o marido, Kim Kardashian usou oTwitter para chamar West de "livre pensador". No entanto, pessoas ligadas ao casal disseram às revistas People e Us Weekly, que isso não significa que ela tolera suas crenças ou não está preocupada.
Uma fonte disse à People que Kardashian "ela está absolutamente preocupada com ele agora, mas ela irá defendê-lo publicamente até o fim. Ela é uma esposa muito leal, e seus tweets e tudo o que ela está dizendo são definitivamente muito calculados para ajudar Kanye".
Polêmicas do passado
Em 2005, após o devastador furacão Katrina passar por Nova Orleans, West acusou na TV o então presidente George W. Bush de "não prestar atenção nos negros". Já em 2009, Kanye interrompeu a cerimônia MTV Video Music Awards para afirmar que Taylor Swift não merecia ser premiada.
Com informações da AFP*
