Kurt Cobain - AFP
Kurt CobainAFP
Por AFP

Vinte e cinco anos após o suicídio do símbolo da contracultura da década de 1990, seu ex-empresário Danny Goldberg afirma que finalmente está pronto para refletir publicamente sobre o legado do artista.

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E 25 anos após o suicídio devastador do garoto-propaganda da contracultura dos anos 1990, o ex-gerente de Cobain, Goldberg, diz que está finalmente pronto para refletir publicamente sobre o legado do pioneirismo da grunge rock. Em seu livro "Servindo ao Servo: Lembrando Kurt Cobain" - publicado esta semana para marcar o 5 de abril da morte do artista de Seattle aos 27 anos - Goldberg se lembra de um Cobain à frente de seu tempo, cuja sagacidade e terna humanidade brilharam através de a melancolia de sua personalidade sombria', 'ds_midia_credi': 'AFP', 'ds_midia_titlo': ' Nesta foto de arquivo tirada em 15 de dezembro de 2005, Danny Goldberg posa no ACLU do Bill of Rights anual do sul da Califórnia, em homenagem aos líderes dos direitos civis em Hollywood. Décadas depois de a ruína assombrosa de Cobain ter enfeitiçado as ondas do rádio pela primeira vez, os ecos do vocalista do Nirvana ainda tocam gerações de jovens que não estavam vivos quando ele morreu.
E 25 anos após o suicídio devastador do garoto-propaganda da contracultura dos anos 1990, o ex-gerente de Cobain, Goldberg, diz que está finalmente pronto para refletir publicamente sobre o legado do pioneirismo da grunge rock. Em seu livro "Servindo ao Servo: Lembrando Kurt Cobain" - publicado esta semana para marcar o 5 de abril da morte do artista de Seattle aos 27 anos - Goldberg se lembra de um Cobain à frente de seu tempo, cuja sagacidade e terna humanidade brilharam através de a melancolia de sua personalidade sombria', 'cd_tetag': '61', 'cd_midia_w': '700', 'cd_midia_h': '469', 'align': 'Left'}

No livro "Serving the Servant: Remembering Kurt Cobain" - lançado esta semana para marcar o aniversário, na sexta-feira, da morte aos 27 anos do cantor nascido em Seattle - Goldberg recorda um Cobain que estava à frente de sua época e como sua genialidade e humanidade brilharam através de sua personalidade melancólica e sombria.

"Sua imagem na imprensa ficou um pouco distorcida e se concentrou de maneira desproporcional em sua morte, não tanto em sua vida e sua arte", opina Goldberg.

"Foi um cantor incrivelmente comovente, sua voz transmitia uma vulnerabilidade e uma intimidade rara", completa.

Nesta foto tirada em 09 de abril de 1994, os fãs da estrela do rock Kurt Cobain com sede em Seattle gravam um pôster com sua foto e lêem "I Love You" durante uma vigília em sua memória em 10 de abril de 1994, em Seattle. - Décadas depois que a ruína assombrosa de Cobain primeiro enfeitiçou as ondas globais, os ecos do vocalista do Nirvana ainda estão tocando gerações de jovens que não estavam vivos quando ele morreu. E 25 anos após o suicídio devastador do garoto-propaganda da contracultura dos anos 1990, o ex-gerente de Cobain, Goldberg, diz que está finalmente pronto para refletir publicamente sobre o legado do pioneirismo da grunge rock. Em seu livro "Servindo ao Servo: Lembrando Kurt Cobain" - publicado esta semana para marcar o 5 de abril da morte do artista de Seattle aos 27 anos - Goldberg se lembra de um Cobain à frente de seu tempo, cuja sagacidade e terna humanidade brilharam através de a melancolia de sua personalidade sombria - AFP

Goldberg considera que Cobain "sintonizou com algo que ajudava as pessoas a sentir que eram menos 'estranhas', menos sozinhas".

Justamente por isto sua obra continua sendo relevante, inclusive para adolescentes que vivem em um mundo diferente da angustiante costa noroeste do Pacífico onde nasceu Cobain.

"Integra um grupo de artistas com uma arte que transcende seu tempo", explica o empresário.

O depressivo mas singular artista que cresceu em uma região a duas horas da cidade de Seattle se tornou um 'deus' do rock subitamente quando "Nevermind", o segundo dos três álbuns de estúdio do Nirvana, catapultou a banda de rock alternativo a uma fama estratosférica e iniciou o culto a Kurt.

Goldberg conheceu o guitarrista Cobain em 1990, quando o Nirvana ainda não era muito famoso e esperava ter mais sucesso com sua mescla única de punk, metal e melodias inspiradas nos Beatles.

Nesta foto de arquivo tirada em 10 de abril de 1994, Jason Brady, um fã do rock star grunge Kurt Cobain, mostra seu braço com a frase mal escrita "Kurdt Lives" durante uma vigília na memória de Cobain em Seattle. Décadas depois de a ruína assombrosa de Cobain ter enfeitiçado as ondas do rádio pela primeira vez, os ecos do vocalista do Nirvana ainda tocam gerações de jovens que não estavam vivos quando ele morreu. E 25 anos após o suicídio devastador do garoto-propaganda da contracultura dos anos 1990, o ex-gerente de Cobain, Goldberg, diz que está finalmente pronto para refletir publicamente sobre o legado do pioneirismo da grunge rock. Em seu livro "Servindo ao Servo: Lembrando Kurt Cobain" - publicado esta semana para marcar o 5 de abril da morte do artista de Seattle aos 27 anos - Goldberg se lembra de um Cobain à frente de seu tempo, cuja sagacidade e terna humanidade brilharam através de a melancolia de sua personalidade sombria - AFP

"Nevermind" conseguiu exatamente isso e se tornou um dos álbuns de maior sucesso de todos os tempos, superando o falecido astro pop Michael Jackson no topo das paradas americanas e desviando o rumo da cultura pop: o Nirvana inspirou não apenas a música, mas também a moda e o comportamento dos jovens.

Nos três anos e meio que trabalhou com Cobain, Goldberg foi testemunha do salto do Nirvana à fama, da selvagem mas carinhosa relação do artista com a cantora Courtney Love, assim como das tentativas de intervenção para que abandonasse o vício em heroína.

"Não tenho ideia do que provocou as últimas semanas de desespero de Kurt", escreve Goldberg no livro. "Talvez tenha sido uma intensa cristalização das depressões que o atormentavam por muito tempo".

"É melhor queimar do que desaparecer", escreveu Cobain em uma carta encontrada ao lado de seu corpo, uma citação a uma música de Neil Young.

Mas o ex-manager de Nirvana, que Cobain considerava um segundo pai, enfatiza que por trás do consumo de drogas e da depressão havia "um gênio musical".

Também era um 'bobo' romântico, lembra Goldberg, ao mencionar que o cantor e compositor tinha quatro cópias de "The Chipmunks Sing the Beatles Hits", álbum em que os personagens do desenho "Alvin e os Esquilos" cantavam as canções dos Fab Four.

O cabelo loiro e desgrenhado de Cobain, os olhos claros e o famoso casaco marrom esfarrapado davam um ar preguiçoso ao artista, mas Goldberg assegura que isto escondia um "intelecto altamente sofisticado".

"Sempre soube que havia uma profundidade na energia e nos sentimentos que usava, era mais profundo que apenas um grande refrão, embora tenha escrito grandes refrões.

O empresário dá crédito a Cobain pela defesa das mulheres e por ajudar a "redefinir a masculinidade" no mundo da música.

"Podia ser muito poderosos e convincente e, ao mesmo tempo, sensível e carinhoso. Isto quebrava a ortodoxia do rock da época", opina Goldberg, que recorda um show na Argentina no qual Cobain ficou enfurecido com as vaias à banda de abertura Calamity Jane, formada apenas por mulheres. A vingança do líder do Nirvana foi não tocar o hit "Smells Like Teen Spirit".

"O público não merecia", disse o cantor.

"Ele estava comprometido com um ideal feminino e o respeito por todos, uma espécie de ethos antimachista", recorda Goldberg, que também destaca o compromisso de Cobain com a defesa dos direitos dos homossexuais.

"Tinha uma versão verdadeiramente alternativa do que significava ser uma estrela de rock", completa.

O Nirvana acabou com a morte de Cobain, mas ecos de sua breve vida persistem e o colocam em uma lista de grandes ícones musicais como Bruce Springsteen, o falecido John Lennon ou Bob Dylan, segundo Goldberg.

O empresário e autor não deseja especular sobre o que Kurt Cobain estaria fazendo se estivesse vivo, mas afirma que certamente seria algo inovador, pois "sempre estava evoluindo, não apenas copiando a si mesmo".

Nesta foto de arquivo tirada em 7 de abril de 1994, um policial monta guarda na varanda dos fundos da garagem de Kurt Cobain, onde o corpo de Cobain foi encontrado no início de 8 de abril de 1994, em Seattle. Décadas depois de a ruína assombrosa de Cobain ter enfeitiçado as ondas do rádio pela primeira vez, os ecos do vocalista do Nirvana ainda tocam gerações de jovens que não estavam vivos quando ele morreu. E 25 anos após o suicídio devastador do garoto-propaganda da contracultura dos anos 1990, o ex-gerente de Cobain, Goldberg, diz que está finalmente pronto para refletir publicamente sobre o legado do pioneirismo da grunge rock. Em seu livro "Servindo ao Servo: Lembrando Kurt Cobain" - publicado esta semana para marcar o 5 de abril da morte do artista de Seattle aos 27 anos - Goldberg se lembra de um Cobain à frente de seu tempo, cuja sagacidade e terna humanidade brilharam através de a melancolia de sua personalidade sombria - AFP

 

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