Thainá Duarte - Reprodução Instagram
Thainá DuarteReprodução Instagram
Por O Dia
Rio - A atriz Thainá Duarte, que atuou na série "Se eu fechar os olhos agora" e que em breve poderá ser vista em "Aruanas", fez um desabafo nas redes sociais sobre o medo de violência contra as mulheres. 
Em seu relato, a atriz falou sobre o medo que sentiu de homens que cruzaram seu caminho até o momento de chegar em casa, nesta terça-feira. "Sentei do lado de um homem. Não tinha assento vago ao lado de nenhuma mulher. Por força do hábito, pedi licença. Ele deve ter achado que eu queria conversar: 'Qual seu nome? Quantos anos você tem? Seus olhos são lindos! Olha pra mim'. Tiro os olhos do celular e o encaro pela primeira vez. 'Você mora aqui faz tempo? Aonde você mora?'. E agora? Será que eu falo? Será que desço um ponto antes pra ele não descobrir? 'Moro aqui perto...'. Ufa, serviu", iniciou.
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"Ele continua uma conversa da qual me esforço pra esquivar: 'Sei'. Meu ponto está chegando. Peguei a chave na mão. Nessas horas pode servir de arma, né? Diz que sim. - Enfia a chave entre o indicador e o dedo médio, com a ponta pra fora - Pode dar certo. Diz que sim", continuou. 
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A atriz também contou que se sentiu insegura ao descer do ônibus ao mesmo tempo que outros dois homens. "Desci do ônibus, ele não levantou. 'Boa noite'. Dois rapazes desceram no mesmo ponto que eu. Eles são amigos. Tento andar devagar pra não ultrapassa-los. Eles estão olhando pra trás, um de cada vez", relatou. 
"Dois contra um. Dois contra uma e uma chave. Virei a esquina, agora eles estão atrás de mim. Meço meus passos pra poder ouvir os deles. Ta tudo bem. Só tem eu. Eu, meus passos e a chave.'Chegou bem?'. 'Cheguei'", finalizou. 
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Nos comentários, outras mulheres que também já se sentiram ameaçadas em algum momento deram apoio a Thainá. 
"Exatamente assim, muito medo...e depois alívio", disse uma seguidora. "Dói demais viver em constante estado de medo, volto a noite da universidade e tenho muito medo", disse outra mulher. "Triste vida comum", escreveu a atriz Bruna Linzmeyer.