Lázaro Ramos
Lázaro RamosAg. News
Por iG
São Paulo - Lázaro Ramos, de 42 anos, revelou recentemente que sente vontade de se candidatar a algum cargo político, porém, não tem coragem para enfrentar este universo. A declaração foi feita durante entrevista a Silvio Almeida, no YouTube.
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"A arte, com certeza, abre portas. A arte tem a possibilidade de transformar, mas nem sempre ela será suficiente. O meu desejo era ter coragem de entrar pra política partidária, o meu desejo era ter coragem de me candidatar a alguma coisa. Às vezes o brado da arte não é suficiente para provocar as transformações. Claro que sensibiliza, claro que provoca, mas hoje eu convivo com uma falta achando que eu poderia fazer mais", iniciou Lázaro Ramos.
"Eu fiquei, em algum momento, com essa ilusão de que daria pra eu enfrentar esse lugar aí. Mas não sei se tenho capacidade emocional pra enfrentar o que é a política no Brasil hoje. É uma luta inglória, muito injusta, que tem as fake news, que tem a destruição de reputações e que tem as grandes máquinas financeiras que estruturam a nossa política brasileira hoje em dia. Se a pessoa não tiver saúde e muita fibra, ela não consegue enfrentar". continuou.
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Ao falar sobre os efeitos da pandemia do novo coronavírus (Sars-coV-2) na arte, Ramos sente dificuldade para mensurar o prejuízo e o tempo para que o setor se recupere do baque. "Vivendo nesse período de crise econômica, de crise civilizatória e sabendo do poder da arte, do poder da palavra, eu fico imaginando: 'e aí, qual é o próximo passo? O que é que eu vou fazer agora?'", questionou.
"Eu não sei quando a gente consegue reverter isso, isso para mim é uma incógnita, não sei se isso se resolve em 5 ou 10 anos. Eu acho também [que a gente perdeu uma geração]. Eu concordo, a sensação que eu tenho é essa. Bons contadores de história a gente tem, mas como a gente vai viabilizar isso é que a gente precisa ver" acrescentou ele.
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Durante o papo com Silvio Almeida, ainda sobrou tempo para que Lázaro pudesse falar sobre sua opinião em relação ao filme "Pantera Negra". "O filme é um marco em todos os sentidos. A experiência que eu tive no cinema ao ver o Pantera Negra pela primeira vez... eu voltei para a minha adolescência, eu vibrava de um jeito! Aqueles rolêzinhos que tinham naquela época, a juventude se juntando para ir pro cinema, os aplausos que tinham. É revolucionário. Fez bem a uma geração inteira e eu me incluo nessa geração", pontuou.