Alok se emociona ao falar sobre a situação do pai, Juarez Petrillo, em IsraelReprodução Internet

Rio - Alok usou as redes sociais para falar sobre a situação de seu pai, Juarez Petrillo, que se apresentaria como DJ em um festival no Sul de Israel quando começaram os primeiros ataques do grupo Hamas, no último sábado. Emocionado, Alok revelou que só descobriu que o pai estava correndo perigo através da internet e afirmou ter pouco contato com Juarez. 
"Eu já saí de casa faz mais de 15 anos. Infelizmente, tenho pouco convívio com meu pai. Meu pai toca, é DJ, então está sempre viajando pelo mundo, eu também. Ele não sabe onde eu estou, também não sei onde ele está. Eu descobri que ele estava lá através da internet", disse o artista. 
"Eu até queria ter mais convívio com meu pai... Tudo o que eu queria agora é poder... Meu pai está bem, seguro. Ele chegou em Tel Aviv ontem (9/10) e está fazendo todo o esforço para voltar para o Brasil. Tudo o que eu quero agora é abraçar ele, acolher ele. Mas, infelizmente, muitas pessoas não vão poder fazer isso", lamentou. 
Juarez Petrillo, pai de Alok, iria tocar na rave Universo Paralello, no Sul de Israel, e estava prestes a entrar no palco quando os ataques do Hamas começaram, no último sábado. Alok afirmou que seu pai, apesar de ser o criador da marca Universo Paralello, não foi o organizador do evento.
"Não é verdade. Tanto que se vocês verem na mídia internacional, não associam meu pai a isso", garantiu. "Meu pai é o idealizador de um festival chamado Universo Paralello, que acontece no Brasil há mais de 20 anos. É o maior festival de arte, música e cultura alternativa da América Latina. É um festival conhecido mundialmente, diversos turistas, estrangeiros, frequentam. Existe o interesse de diversos produtores internacionais licenciarem a marca, que é quando eles tem direito do uso do nome e da identidade visual. Meu pai já licenciou para diversos países, na Índia, México, Argentina, Europa, Tailândia. Foi a mesma coisa que aconteceu agora em Israel, pela primeira vez", afirmou.
"Foi um produtor local, israelense, chamado Tribe of Nova, que contratou a identidade visual, contratou meu pai para tocar, além do direito do uso da marca. Tanto é que foi 'Tribe of Nova apresenta: Super Nova -- que é o nome do festival -- Universo Paralello Edition'", completou.
"Meu pai estava no evento, que aconteceu um grande massacre dos terroristas, que matou mais de 260 pessoas lá... Ele estava no evento, prestes a se apresentar, quando começou a ter um bombardeio. O evento foi interrompido e a polícia começou a evacuar. Ele conseguiu entrar em um carro e sair de lá. O carro de trás, que estava com conhecidos dele, foi baleado. Meu pai conseguiu se abrigar em um bunker e ficou seguro lá", disse. 
Alok também falou sobre os questionamentos de algumas pessoas sobre o evento acontecer tão perto de uma zona de conflitos. "Eu descobri que, na verdade, lá é um lugar que acontecem eventos desde 2000. Já aconteceram centenas de eventos lá, com muita frequência, inclusive, na noite anterior teve um outro evento no mesmo local e na noite seguinte teria um outro", afirmou Alok.
"Israel, para quem não sabe, é um dos grandes polos da música eletrônica e desse estilo de perfis de festival. Essa é a história verdadeira", finalizou.