Adriane Galisteu em coletiva da série ’Meu Ayrton por Adriane Galisteu’Reprodução/Manuela Scarpa/Brazil News
Em lançamento de série, Galisteu fala sobre sonhos de Senna e aprendizado com Pelé
'Meu Ayrton por Adriane Galisteu' estreia nesta quinta-feira (6), na HBO Max
Rio - Adriane Galisteu, de 52 anos, participou nesta segunda-feira (3) da coletiva de imprensa do documentário “Meu Ayrton por Adriane Galisteu”, que estreia no dia 6 de novembro, na HBO Max. A produção, dividida em dois episódios de 45 minutos, revisita o relacionamento entre a apresentadora e o piloto Ayrton Senna, que morreu em 1994, aos 34 anos.
Contada sob a perspectiva pessoal de Galisteu, a série aborda não apenas os momentos vividos ao lado do tricampeão de Fórmula 1, mas também as dificuldades enfrentadas por ela na época, desde a falta de apoio e reconhecimento por parte da família de Ayrton até a intensa pressão da mídia, quando tinha apenas 19 anos.
Durante a coletiva, Galisteu revelou os ensinamentos que levou para sua vida após a morte do piloto, que faleceu sem realizar alguns de seus sonhos. A modelo contou que, após o luto, passou a sentir uma urgência em viver e realizar seus próprios desejos.
“Ele morreu sem realizar três sonhos, por exemplo. Queria conhecer a Disney, ter um filho e correr na Ferrari. Nenhum desses sonhos ele conseguiu viver. Eram sonhos simples, fáceis de realizar, e isso me marcou muito. Quando ele morreu fazendo o que mais amava, tão jovem, eu passei a ter uma urgência de realizar os meus. Depois do luto, comecei a correr atrás dos meus sonhos, mesmo quando não podia. Tenho essa urgência até hoje. Não posso deixar nada pra amanhã, porque amanhã eu posso não estar mais aqui.”
A falta de apoio e a pressão da fama
A apresentadora relembrou ainda a dificuldade de lidar com a exposição e as críticas que recebeu na época. “O que mais me chateava eram os comentários maldosos, injustos. Eu pensava muito na minha mãe, porque ela acreditava em tudo o que saía. A cada nota publicada, ela sofria. Eu ficava mais preocupada com como ela ia lidar com tudo aquilo. Mas aprendi rápido a me blindar.”
Galisteu contou que uma conversa com Pelé foi essencial para ajudá-la a enfrentar o assédio da mídia e as críticas. “Aprendi muito com pessoas como o Pelé, por exemplo, que me disse: ‘Não leia nada que não for bom. Para de ler o que você não gosta, isso vai te fazer bem’. E ele estava certo. Parei de ler. Ele também dizia: ‘Lembra que essa notícia que está no jornal hoje vai embrulhar o peixe amanhã’. É a maior verdade do mundo.”
Um olhar íntimo sobre Ayrton Senna
Adriane também destacou a importância de manter viva a imagem do piloto enaltecendo o lado humano e mais íntimo por trás do ídolo brasileiro. “A gente tem a obrigação de manter a imagem do Ayrton viva. Todo mundo sabe que ele era um herói nas pistas. Isso já foi retratado em livros, documentários e filmes. Todas essas histórias são válidas e merecidas, mas ninguém tratou o Ayrton como um herói sem capacete. Ele também era esse herói como homem. E, para contar essa história, tinha que ser eu, porque estive ao lado dele no último ano e meio de vida. Isso não tem como ser apagado. Essa história é muito minha.”







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