Tarcísio Meira era o protagonista da trama
Tarcísio Meira era o protagonista da tramaDivulgação / TV Globo
Por TÁBATA UCHÔA
Rio - Após 35 anos de sua estreia original, em 1986, a novela "Roda de Fogo" entra no catálogo do Globoplay como parte do projeto de resgate de clássicos da dramaturgia. Os fãs da trama escrita por Lauro Cesar Muniz poderão matar a saudade da obra, que ficou marcada por fazer um retrato da época e que conta com atores como Tarcísio Meira, Osmar Prado, Renata Sorrah, Bruna Lombardi, Felipe Camargo, Hugo Carvana, Paulo José, Cecil Thiré, Isabela Garcia, entre outros nomes consagrados. 
Publicidade
"Roda de Fogo" gira em torno de Renato Villar (Tarcísio Meira), empresário bem-sucedido e inescrupuloso, que vive um casamento de aparências com Carolina (Renata Sorrah), uma mulher fria e ambiciosa. Um dossiê com irregularidades em uma das empresas dele é revelado, o que provoca um escândalo no meio empresarial. A juíza que assume o caso é Lúcia Brandão (Bruna Lombardi) e ambos se apaixonam, gerando um dilema ético. Algum tempo depois, Renato descobre que tem um tumor no cérebro e decide mudar os rumos de sua vida. 
Outra trama que se destaca na novela e garante muitos alívios cômicos é a do personagem Tabaco (Osmar Prado), motorista de Renato. Mulherengo, namora três mulheres ao mesmo tempo: a sensual Patativa (Claudia Alencar), a telefonista Bel (Inês Galvão) e a ingênua Marlene (Carla Daniel), o que exige malabarismos para que uma não descubra a existência da outra.
Publicidade
Osmar Prado, inclusive, pretende dar uma "zapeada" e assistir a alguns capítulos da trama. "Acho que sim, a novela fez um enorme sucesso, particularmente o meu personagem, o Tabaco. O Mário, do Cecil Thiré, também. Essa parte cômica da novela fez muito sucesso. Com certeza o público vai querer rever, rememorar essa novela que foi tão bem recebida no período em que ela passou", afirma o ator, que acredita que seu personagem seria visto de forma diferente nos dias atuais. 
"O Tabaco é um irresponsável carismático e muito simpático. Quando soube que a novela chegaria ao Globoplay, fiquei surpreso, afinal, é uma novela da década de 80. Depois, fiquei curioso em saber como o público reagiria a isso. É prova de que a novela como um todo é realmente atemporal", diz o ator.
Publicidade
"Eu acho que o Tabaco continua na ordem do dia, porque o machismo ainda é arraigado na nossa cultura, no nosso comportamento. Enquanto isso não for resolvido, enquanto os homens não amadurecerem e resolverem respeitar as mulheres como elas merecem, o assunto é pertinente. Eu mesmo fui criado dentro de uma educação bem machista. Meu pai era muito machista, mas acho que melhorei um pouco. Devo isso às mulheres que me ajudaram a enxergar um pouco melhor essa relação", completa.
Além de "Roda de Fogo", Osmar Prado gostaria de ver novamente outras novelas clássicas. "Não sei se a TV Globo tem documentado, mas gostaria de ver a novela 'Ilusões Perdidas', que fiz em 1965. A trama tinha como casal protagonista o Reginaldo Faria e a Leila Diniz. Eu tinha 17 anos, seria interessante rever", diz o ator, que tem aproveitado o tempo de pandemia em família. 
Publicidade
"Felizmente, eu e Vânia (mulher de Osmar Prado) estamos lidando bem e em lockdown. Estamos aqui e nossa filha, Luana, no exterior. Janaina e Tainá, minhas filhas do meu primeiro casamento, e minhas netas, estão em Tiradentes, em Minas Gerais, próximas da avó. Dentro do possível, e dentro das possibilidades, nós nos sentimos um pouco privilegiados em relação à pandemia, moramos em casa, temos bichos e muitos afazeres. Vou tomar a segunda dose da vacina... Viva a vacina!".