Dona Déa Lúcia, mãe de Paulo Gustavo, em entrevista ao ’Fantástico’
Dona Déa Lúcia, mãe de Paulo Gustavo, em entrevista ao ’Fantástico’Reprodução
Por O Dia
Rio - Dona Déa Lúcia, mãe do ator Paulo Gustavo, falou pela primeira vez sobre a morte do filho em entrevista que foi ao ar no "Fantástico", da Globo, na noite deste domingo. Paulo Gustavo morreu aos 42 anos, na última terça-feira, vítima de complicações da covid-19. 
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"Eu fiquei durante 53 dias rezando, pedindo a Deus que me desse força. A gente só espera que uma mãe vá na frente. Eu não estou bem, mas eu rio. Então, eu tenho que ter força (...) Na pandemia, cada morte de um filho eu chorava por essa mãe, sem saber que o meu filho ia por isso", disse dona Déa Lúcia, que também afirmou que seu filho deixou um exemplo contra o preconceito e a corrupção. Sem citar nomes, ela afirmou que "roubar na pandemia também é assassinato". 
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"Eu estou muito triste, mas o meu filho deixou um exemplo contra o preconceito. O meu filho casou, o meu filho teve filhos maravilhosos. Eu tenho dois netos maravilhosos. Mas isso porque ele tem uma família que segurou. Durante um ano, viajando pelo país, até as crianças nascerem, terminava o espetáculo dizendo que homofobia era crime e a corrupção mata. E roubar na pandemia é assassinato", ressaltou dona Déa Lúcia. 
"Ele estreou num dia 4 de maio às 9 horas da noite e morreu no dia 4 de maio às 9h12 da noite. Ele começou um ciclo e terminou um ciclo. É incrível. Tudo dele é muito incrível”, completou. 
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Despedida
Dona Dá Lúcia também contou como foi a despedida do filho. "A gente foi chamado no hospital porque ele teve morte cerebral. E nós quatro, Juju, Júlio, eu e Penha, ficamos ali. Juliana com uma mãozinha dele, eu na outra. O Thales no pé e o Júlio fazendo carinho na cabeça. Eu chamei Penha, vem cá Penha, segura aqui comigo porque você também participou da vida dele", disse Dona Déa Lúcia, se referindo a madrasta do ator.
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"Cantamos a oração de São Francisco, porque ele sempre pedia desde pequeno para eu cantar a oração de São Francisco e eu cantava", relembrou. 
O pai de Paulo Gustavo contou que os batimentos cardíacos foram caindo. "A frequência foi caindo, caindo. Até ficar piscando [o aparelho]. Aí parou, nós fechamos a cortina e saímos", disse. 
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"Foi uma despedida bonita", finalizou Déa Lúcia.
Paulo Gustavo foi internado com covid-19 no dia 13 de março, 8 dias depois da internação, no dia 21, o ator precisou ser intubado. O artista continuou apresentando piora no quadro e, no dia 2 de abril, a equipe médica decidiu submetê-lo à terapia por ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea) na UTI. Um dia antes de sua morte, Paulo Gustavo acordou, interagiu com o marido, Thales Bretas, e a equipe médica. Mais tarde, no entanto, o ator teve uma embolia, que atingiu o sistema nervoso.
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