Rio - Taís Araújo se emocionou ao lado de sua mãe, Mercedes, e de sua filha, Maria, em uma conversa com Maju Coutinho no "Fantástico" deste domingo (11), Dia das Mães. A intérprete de Raquel no remake de "Vale Tudo" relembrou com lágrimas as críticas que sofreu durante sua atuação em "Viver a Vida", novela de Manoel Carlos, exibida em 2009 na TV Globo.
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A atriz tinha 30 anos na época e contou que ligou para Maneco quando soube que a Helena da novela seria uma mulher negra pela primeira vez. “Fico emocionada. Hoje eu sou mãe, gente. Você ver um filho seu muito triste, é a última coisa que você quer. A gente não quer isso na vida”, disse Taís, com a voz embargada, ao recordar todo o suporte recebido da mãe naquela ocasião.
“Helena não foi só um trabalho, foi ‘o’ trabalho. Não era o fantasma que eu pintei. Pelo contrário, Helena foi transformadora para muitas mulheres. A quantidade de mulheres que eu encontro e falam ‘deixei meu cabelo ficar crespo porque te vi na novela’.”
Taís enxerga um crescimento pessoal a partir da rejeição à personagem. “Depois da novela Xica da Silva, Helena foi a personagem que me abriu, ampliou meu olhar artístico”, afirmou.
“Tive um insight, ‘eu preciso botar minha negritude para falar em todas minhas personagens’. Tanto que minha carreira é uma antes e depois.”, completou.
Mercedes recordou o sofrimento da filha durante as gravações da novela. “Eu via a novela, não achava que estava nada errado, achava que ela estava ótima, só que o público não aceitava que ela já chegou rica, mulher poderosa, superpremiada”, analisou.
“E ainda me encontra um homem (Marcos, vivido por José Mayer) que se apaixona e é riquíssimo. Aí que o público odiou, e ela chorava. Eu dizia: ‘você não está fazendo nada de errado, está tudo certo, quero você viva, mentalmente boa, sã’”, recordou.
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