O apresentador RatinhoReprodução/SBT

Rio - Ratinho fez um longo desabafo sobre a megaoperação que aconteceu nos complexos da Penha e Alemão, na Zona Norte do Rio, na terça-feira passada (28), e deixou 121 mortos. A declaração foi feita no encerramento do seu programa do SBT, na noite desta segunda-feira (3).
O apresentador fez uma enquete perguntando aos telespectadores se eram a favor ou contra a megaoperação do Rio de Janeiro, e 94% disseram que sim e 6% foram contra.
"É sinal que o povo está muito descontente do jeito que está. A violência no Brasil está muito violenta. Os governos e principalmente os nossos juristas, nossos deputados, deveriam mudar um pouco a lei porque está muito fácil para bandido nesse país. Está na hora de vocês fazerem alguma coisa. O congresso tem que botar leis mais duras para bandido aqui", iniciou.
Em seguida, Ratinho citou alguns nomes de crianças e jovens que foram vítimas de bandidos. "São inúmeros exemplos. É preciso dar o nome certo para essas coisas, sem medo, sem ideologia. Se o comerciante tem que pagar para trabalhar, isso é extorsão, mulher obrigada a ficar com traficante é violência sexual, barricada bloqueando entrada é domínio armado, queimar gente num pneu é tortura e homicídio. O Brasil deixa bandido armado controlando território", prosseguiu.
"Quem extermina, domina e mata não é vítima da sociedade. Para com essa. Nós sonhamos com uma pátria livre enquanto heróis fardados morrem pelo Brasil. Fica aqui a minha solidariedade às famílias do Cleiton Serafim, do Heber Carvalho, do Marcus Vinícius e do Rodrigo (policiais mortos) que estavam cumprindo seu dever. Morreram lutando. Então chega de politizar, transformar ação em ideologia. Traficante não é vítima. Bandido é bandido, ele escolheu, então tem que ser combatido, é assim que a banda toca", concluiu.