O psiquiatra Ervin Cotrik explica os efeitos do álcool no organismo e o perigo da dependência Reprodução

Olá, meninas!
Já estamos todos em ritmo de carnaval, não é mesmo? Mas hoje vamos fazer um alerta para todo mundo que quer cair na folia! É tempo de brincar, se divertir, mas os abusos não combinam com o clima da festa. Beber uma cerveja, um drink, está liberado! Mas é preciso ter cuidados e evitar os excessos!
Para saber mais sobre esse assunto, conversamos com o psiquiatra Ervin Cotrik, que explica os efeitos do álcool no organismo e o perigo da dependência alcóolica. Confiram!
O que o álcool causa no corpo? Por que ele pode causar dependência?
O álcool tem um efeito “ansiolítico”. Já em dose média, pode trazer um relaxamento muscular e se exagerar, em dose alta, pode gerar sonolência e até levar a óbito, dependendo da quantidade ingerida. Uma pessoa que fez uso de álcool na noite anterior, quando acordar, pode amanhecer quimicamente mais ansiosa, por conta da “saída do álcool” do corpo. Sendo assim, o indivíduo começa a pensar em repor esse álcool no organismo, para buscar novamente a sensação de alívio do estresse. Dessa maneira, pode iniciar um processo químico de dependência.
Quais os principais transtornos associados?
Os diagnósticos mais comuns relacionados ao álcool são transtornos relacionados a outra substância, transtorno da personalidade antissocial, transtornos do humor, transtornos de ansiedade e suicídio.
O álcool ajuda na insônia?
Embora o álcool consumido à noite normalmente aumente a facilidade em adormecer, também tem efeitos adversos sobre a arquitetura do sono. O sono fica fragmentado e não é reparador. Portanto, a noção de que ingerir álcool ajuda a dormir é um mito.
Quais os sinais da dependência?
Um padrão problemático de uso do álcool, levando a comprometimento ou sofrimento, é manifestar pelo menos dois dos seguintes critérios, ocorrendo durante um período de 12 meses:
1. Uso recorrente da substância, resultando no fracasso em desempenhar papéis relevantes no trabalho, na escola ou em casa.
2. Uso recorrente da substância em situações nas quais isso representa perigo para a integridade física (por exemplo, na condução de veículos ou operação de máquinas).
3. Uso continuo apesar de problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados por seus efeitos (por exemplo, discussões e agressões físicas).
4. Tolerância, necessidade de quantidades maiores de álcool para atingir a intoxicação ou o efeito desejado.
5. Abstinência.
6. A substância é frequentemente consumida em maiores quantidades ou por um período mais longo do que o pretendido.
7. Existe um desejo persistente ou esforços malsucedidos no sentido de reduzir ou controlar o uso da substância.
8. Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a obtenção da substância, na sua utilização ou na recuperação de seus efeitos.
9. Importantes atividades sociais, profissionais ou recreativas são abandonadas ou reduzidas em virtude do uso da substância.
10. O uso da substância é mantido apesar da consciência de ter um problema físico ou psicológico persistente ou recorrente que tende a ser causado ou exacerbado pela substância.
11. Fissura ou um forte desejo ou necessidade de usar uma substância específica.
Gostaram das dicas? Para saber mais sobre o assunto é só acompanhar a entrevista com o Dr. Ervin no meu programa “Vem Com a Gente”, na TV Band, a partir das 13h30. Espero vocês! Clique aqui.