Maio LaranjaReprodução
Estamos no Maio Laranja, campanha muito importante, que faz uma conscientização sobre o enfrentamento e prevenção ao abuso e à violência sexual contra crianças e adolescentes. No Brasil, cerca de 50% dos casos de violência sexual são praticados em crianças de 1 a 5 anos de idade. Infelizmente ,muitos não são denunciados às autoridades, ou seja, esses números, na verdade, são muito maiores.
O tema é muito debatido e temos leis que protegem as nossas crianças. Mesmo assim, esse tipo de crime ainda é muito comum, infelizmente. Um alerta importante é que o abuso sexual infantil pode acontecer de várias formas que não incluem necessariamente o contato físico. Pode ocorrer ao mostrar imagens erotizadas, falar sobre temas sexuais ou até mesmo ao induzir alguém a tocar o próprio corpo de forma inapropriada. Basta que haja uma pessoa de maturidade maior, expondo a criança a esse tipo de conteúdo.
“Muitos abusadores utilizam essa precoce exposição a conteúdos sexuais para dessensibilizar suas vítimas e tornar os futuros abusos físicos mais naturalizados. Há cada vez mais relatos de crianças expostas a conteúdos de pornografia e ficando viciadas nesses tipos de vídeos”, explica a psicóloga Maria Rafart.
Em 2022 foram registradas no Brasil cerca de 112 mil denúncias de abuso e exploração sexual infantil na internet. Esse é um grande alerta aos pais. E é fundamental denunciar crimes envolvendo abuso e exploração sexual infantil na internet.
“Essas formas de abuso costumam passar despercebidas até para o próprio abusado. Contudo, o preço pago por esta precoce exposição a conteúdos sexuais cobra seu alto preço. É triste perceber que crianças expostas ao sexo de forma precoce podem ter como consequência imediata do abuso uma hiper sexualização, uma naturalização da sexualidade em suas vidas. Isto as torna mais vulneráveis ainda, pois há uma tendência a achar que a vítima colaborativa não é vítima. O ciclo de abusos pode se repetir e vai deixando marcas cada vez mais profundas em uma criança que perdeu a inocência de sua infância cedo demais”, disse Maria Rafart.
Conversem com seus filhos, fiquem atentos aos sinais. Nossas crianças precisam ser protegidas e os casos, denunciados. Precisamos reforçar sempre: abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes é crime! Para denunciar, é só ligar 100, através do Disque Direitos Humanos.
Livro busca ajudar vítimas
No meio da pandemia, a escritora Lucila Catanante, que também é mestre em saúde coletiva e psicanalista, conheceu histórias muito impactantes, após visitar um abrigo para vítimas de abusos, em Nova Iguaçu. Ela percebeu que poderia fazer muito mais por aquelas meninas. Então decidiu escrever o livro 'A menina e a árvore flor de laranjeira'. A obra foi inspirada nas jovens do local, voltado para o público infanto-juvenil. O valor arrecadado com a venda é revertido para pagar atividades de profissionalização para as meninas, como aulas de canto, maquiagem, artesanato, manicure, pintura, além de terapia especializada. Quem quiser apoiar o projeto pode comprar o livro diretamente com a autora, através do e-mail lucila.catanante@hotmail.com ou no Instagram @lucilacatanante.
Beleza da Alma
O tema é muito debatido e temos leis que protegem as nossas crianças. Mesmo assim, esse tipo de crime ainda é muito comum, infelizmente. Um alerta importante é que o abuso sexual infantil pode acontecer de várias formas que não incluem necessariamente o contato físico. Pode ocorrer ao mostrar imagens erotizadas, falar sobre temas sexuais ou até mesmo ao induzir alguém a tocar o próprio corpo de forma inapropriada. Basta que haja uma pessoa de maturidade maior, expondo a criança a esse tipo de conteúdo.
“Muitos abusadores utilizam essa precoce exposição a conteúdos sexuais para dessensibilizar suas vítimas e tornar os futuros abusos físicos mais naturalizados. Há cada vez mais relatos de crianças expostas a conteúdos de pornografia e ficando viciadas nesses tipos de vídeos”, explica a psicóloga Maria Rafart.
Em 2022 foram registradas no Brasil cerca de 112 mil denúncias de abuso e exploração sexual infantil na internet. Esse é um grande alerta aos pais. E é fundamental denunciar crimes envolvendo abuso e exploração sexual infantil na internet.
“Essas formas de abuso costumam passar despercebidas até para o próprio abusado. Contudo, o preço pago por esta precoce exposição a conteúdos sexuais cobra seu alto preço. É triste perceber que crianças expostas ao sexo de forma precoce podem ter como consequência imediata do abuso uma hiper sexualização, uma naturalização da sexualidade em suas vidas. Isto as torna mais vulneráveis ainda, pois há uma tendência a achar que a vítima colaborativa não é vítima. O ciclo de abusos pode se repetir e vai deixando marcas cada vez mais profundas em uma criança que perdeu a inocência de sua infância cedo demais”, disse Maria Rafart.
Conversem com seus filhos, fiquem atentos aos sinais. Nossas crianças precisam ser protegidas e os casos, denunciados. Precisamos reforçar sempre: abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes é crime! Para denunciar, é só ligar 100, através do Disque Direitos Humanos.
Livro busca ajudar vítimas
No meio da pandemia, a escritora Lucila Catanante, que também é mestre em saúde coletiva e psicanalista, conheceu histórias muito impactantes, após visitar um abrigo para vítimas de abusos, em Nova Iguaçu. Ela percebeu que poderia fazer muito mais por aquelas meninas. Então decidiu escrever o livro 'A menina e a árvore flor de laranjeira'. A obra foi inspirada nas jovens do local, voltado para o público infanto-juvenil. O valor arrecadado com a venda é revertido para pagar atividades de profissionalização para as meninas, como aulas de canto, maquiagem, artesanato, manicure, pintura, além de terapia especializada. Quem quiser apoiar o projeto pode comprar o livro diretamente com a autora, através do e-mail lucila.catanante@hotmail.com ou no Instagram @lucilacatanante.
Beleza da Alma
“Só é possível ensinar uma criança a amar, amando-a” (Johann Goethe)
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