Por thiago.antunes

Rio - A batalha do governo pela aprovação da Reforma Trabalhista terá novo capítulo hoje, quando o relatório será votado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS). Mesmo que o parecer seja rejeitado, o texto segue em tramitação e vai à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes da apreciação final no plenário, esperada para acontecer na próxima semana.

O governo descarta a hipótese de acelerar o processo, mas, caso necessário, acordo de líderes encurtará o calendário e levar o assunto diretamente ao plenário. Após acordo entre senadores governistas e da oposição há algumas semanas, ficou acertado que a votação do parecer do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) ocorrerá hoje após debate de, no máximo, 90 minutos.

Ficou acertado que votação do parecer de Ricardo Ferraço será hoje Marcelo Camargo / ABR

De acordo com a Agência Estadão Conteúdo, a presidente da CAS, Marta Suplicy (PMDB-SP), promete ser rígida com o tempo. Por isso, sugeriu na semana passada que parlamentares - especialmente da oposição, que tem marcado posição contra o projeto - “se organizem” para que todos consigam falar no prazo determinado. Para aprovar o texto, é preciso maioria simples da comissão de 21 parlamentares.

Na CCJ será apresentado o parecer do relator do tema e líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), e deverá ser concedida vista coletiva. O líder do governo no Senado tem forte atuação sobre o tema e acompanha todas as sessões que avaliam e debatem a Reforma Trabalhista na Casa.

Com o objetivo de tentar anular qualquer estratégia da oposição para atrasar a tramitação, Jucá tem agido imediatamente após cada movimento dos opositores. O líder do governo diz que o calendário combinado com a oposição será seguido à risca com votação da CCJ na manhã da quarta seguinte, 28. Após a votação, o texto pode ir ao plenário para a última etapa antes da sanção presidencial.

O relatório que será votado hoje pede aprovação integral do projeto vindo da Câmara dos Deputados com a sugestão de alguns vetos. Essa foi a mesma recomendação dada pelo tucano Ferraço na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde o texto foi aprovado.

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