Rio - A Petrobras anunciou ontem a redução do preço médio da gasolina nas refinarias em 5,9% e de 4,8% para o diesel. Se o ajuste for repassado integralmente e não houver alterações nas demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final nas bombas, o valor do diesel pode cair 2,7%, ou cerca de R$0,08 por litro, em média, e o da gasolina, 2,4% ou R$0,09 por litro, em média. Assim, no Município do Rio, o preço médio da gasolina passaria dos atuais R$3,879 para R$ 3,87, o litro.
Este foi o último reajuste antes da nova política de preços anunciada ontem pela empresa. A partir de segunda-feira, a Petrobras pode aumentar o preço dos combustíveis nas refinarias diariamente. A medida, segundo informou a estatal, é para tentar coibir importações e “permitirá maior aderência dos preços do mercado doméstico ao mercado internacional no curto prazo e possibilitará a companhia competir de maneira mais ágil e eficiente”.
Segundo a nova política de preços anunciada pela estatal, a área técnica de marketing e comercialização da Petrobras poderá fazer ajustes nos valores a qualquer momento, desde que os reajustes acumulados por produto estejam, na média Brasil, dentro de uma faixa determinada, de entre redução de 7% e alta de 7%.
De acordo com o diretor financeiro da companhia, Ivan Monteiro, o objetivo da estatal é acompanhar mais de perto as variações do mercado internacional e oferecer produtos mais competitivos aos seus clientes.
Monteiro defende que o consumidor será o principal beneficiado com a mudança na política, uma vez que ela aumenta a competição com outros fornecedores. A empresa admite que a medida deve melhorar a atratividade de suas refinarias, que serão incluídas no programa de venda de ativos.
“Considerando que estamos introduzindo práticas de preços muito mais próximas do mercado internacional, isso dá mais conforto a possíveis investidores”, disse. A empresa ainda não definiu o modelo de venda das refinarias, mas reforço a intenção em trabalhar em parceria com grupos privados.
A decisão da estatal é vista com reservas pelo economista do Ibmec e da Fundação D. Cabral, Gilberto Braga. Ele acredita que haverá paridade de preços com o mercado externo e que a nova política da estatal pode surtir algum efeito na inflação.
“O consumidor para fazer um bom negócio precisará acompanhar os preços intencionais do Petróleo para saber o melhor momento de encher o tanque por aqui”, orienta Braga.
E pesquisar é o que o motorista terá passar a fazer antes de abastecer. No Rio, o preço da gasolina, varia de R$ 3,699 a R$ 4,199, segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP).