Por thiago.antunes

Rio - Cerca de 80 postos de gasolina no Município do Rio aderiram ontem ao protesto nacional contra o aumento de impostos sobre o combustível. A manifestação pretende conscientizar o motorista sobre o aumento da alíquota do PIS/Cofins sobre a gasolina. Os estabelecimentos se mobilizaram com cartazes e faixas pretas com a mensagem “Aumentar impostos sobre os combustíveis não é a solução! Basta!”.

Além do Rio, a manifestação também ocorreu em mais 21 estados. Os donos de postos protestaram contra o anúncio feito pelo governo Temer no último dia 21 de julho. Com a medida, os preços da gasolina, diesel e do etanol aumentaram em R$ 0,41, R$ 0,21 e R$ 0,19, respectivamente, por litro.

Ronaldo Meléndez critica o aumento das despesas para o brasileiroMárcio Mercante / Agência O Dia

Para a presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e de Lojas de Conveniência do Município do Rio de Janeiro (Sindcomb), Maria Aparecida Siuffo Schneider, os postos se juntaram aos consumidores para protestar contra um aumento que ela considera abusivo.

“A ideia dos cartazes e faixas é para prestar solidariedade ao consumidor, pois queremos mostrar que não somos os vilões e estamos tão insatisfeitos quanto eles. Sabemos que no final quem paga a conta são eles, mas com esse aumento absurdo nós só temos a perder também, porque perderemos clientes”, explica.

O engenheiro Ronaldo Meléndez, 61 anos, reclama do aumento do imposto sobre os combustíveis em tempos de instabilidade econômica. “Por que os políticos nunca pensam em cortar da própria carne? Digo isso falando da conjuntura passada, dessa atual, principalmente, e até de uma futura. A gente nunca ouviu falar que eles vão cortar salários ou qualquer despesa deles. Porém, para a gestão é mais fácil aumentar um imposto e sobrar para a população”, critica.

“Nós pretendemos dar um prosseguimento com o protesto. A ideia é que as faixas permaneçam nos postos de gasolina. Os donos dos estabelecimentos aderiram rapidamente”, acrescenta Maria Aparecida. 

Com reportagem da estagiária Marina Cardoso, sob supervisão de Martha Imenes

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