Por thiago.antunes

Rio - Os consumidores vão pagar mais caro pela conta de luz em outubro, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneeel) vai acionar a bandeira vermelha devido ao período sem chuvas no país, informou ontem o diretor-geral da agência, Romeu Rufino. A partir do mês que vem haverá cobrança extra de R$ 3 ou R$ 3,50, a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos, de acordo com o patamar da bandeira vermelha que for definido (1 ou 2).

Contas do mês que vem terão cobrança extra de R%24 3 ou R%24 3%2C50Daniel Castelo Branco / Agência O Dia

Hoje, vigora a amarela, que cobra R$ 2 a cada 100 kWh. Com a verde não há taxa extra. Conforme Rufino, não está descartado o acionamento do segundo patamar da bandeira vermelha.

"O regime hidrológico é desfavorável, o custo da energia é crescente e o custo de acionamento das térmicas mais caras, dentro ou fora da ordem de mérito, elevará o custo da geração. É possível que possamos acionar a bandeira vermelha no patamar 2? Sim", disse.

Para que o aumento na cobrança extra não tenha forte impacto na conta de luz, a Light orienta o consumidor a adotar medidas que podem reduzir o consumo de energia entre 30% e 40%, apenas com pequenas mudanças de hábitos diários em casa. Colocar a chave seletora do chuveiro elétrico na posição "verão" e reduzir o tempo do banho pela metade gera economia de até R$ 20.

Em média, 10% da energia consumida em casa é gasta por aparelhos em stand by, o que pode ser resolvido desligando esses aparelhos. Já a parte traseira da geladeira não deve ser usada para secar roupas e é preciso manter a borracha de vedação da porta sempre em bom estado.

Use também lâmpadas fluorescentes compactas ou LED, que além de consumir 75% (fluorescente) e 85% (LED) menos, iluminam melhor e duram seis e 30 vezes mais, respectivamente.

Rufino disse que não há nenhum risco de desabastecimento, mas ressaltou que o custo da energia deve ficar mais caro nos próximos meses em razão do regime de chuvas, que não tem sido favorável há meses.

Para atender ao consumo sem que haja forte aumento na conta, o governo deve elevar a importação de energia da Argentina e Uruguai.

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