Movimentação de pessoas no comercio da Rua Dias da Cruz no Méier - Daniel Castelo Branco
Movimentação de pessoas no comercio da Rua Dias da Cruz no MéierDaniel Castelo Branco
Por O Dia
O comércio lojista da cidade do Rio vendeu menos 15% em janeiro, em relação ao mesmo mês de 2020, de acordo com o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio e do SindilojasRio, que ouviu cerca de 750 estabelecimentos comerciais da capital fluminense.

De acordo com Aldo Gonçalves, presidente das duas entidades, que juntas representam mais de 30 mil lojistas, janeiro normalmente é um mês fraco em termos de vendas, imprensado entre o Natal e as férias. “Mas o resultado deste ano continua refletindo fortemente os efeitos da pandemia, além do desemprego e da queda de renda que estão afastando o consumidor das compras. Diante desse quadro, ele prefere economizar, principalmente as pessoas de menor poder aquisitivo que perderam o fôlego para comprar e nem mesmo as ações promovidas pelos lojistas como liquidações, descontos e facilidade de crediário foram suficientes para aumentar as vendas ”, diz Aldo.
“Mas há um aspecto bastante positivo que gostaria de ressaltar, que pode influenciar e melhorar o desempenho das vendas nos próximos meses. Foi a medida tomada pela Prefeitura do Rio de suspender a licença para novos ambulantes, antigo pleito do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Rio de Janeiro (SindilojasRio) junto à prefeitura. Diante da prolongada e grave crise que vem afetando o comércio carioca nos últimos anos, estas resoluções sinalizam uma mudança de rumo na gestão da cidade, com foco na revitalização dos espaços públicos e na recuperação econômica. Essas medidas foram bem recebidas pelo comércio formal, que gera milhares de empregos e renda, paga impostos, e vem enfrentando uma crise sem precedentes, muito antes da pandemia, sem o necessário apoio do poder público”, conclui Aldo Gonçalves
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Segundo dados do CDLRio e do SindilojasRio, todos os setores registraram resultado negativo. No Ramo Mole (bens não duráveis) as maiores quedas no faturamento foram Tecidos (-10,1%), Calçados (-12,5%) e Confecções (-9,9%) e no Ramo Duro (bens duráveis) Óticas (-11,5%), Móveis (-10,9%), Joias (-10,5%) e Eletrodomésticos (-9,9%). A venda a prazo, com menos 5,8%, foi a forma de pagamento preferida pelos consumidores.
Em relação às vendas conforme a localização dos estabelecimentos comerciais, no Ramo Duro (bens duráveis) as lojas do Centro venderam menos 12,0%, as da Zona Sul menos 10,6% e as da Zona Norte menos 11,1%. No Ramo Mole (bens não duráveis), as lojas da Zona Sul venderam menos 9,6%, as da Zona Norte menos 10,5% e as do Centro menos 11,1%.