O auxílio emergencial, criado durante a pandemia da covid-19 em 2020 e suspenso em 2021, pode ser retomado para 40 milhões de brasileiros
O auxílio emergencial, criado durante a pandemia da covid-19 em 2020 e suspenso em 2021, pode ser retomado para 40 milhões de brasileirosEstefan Radovicz / agência O Dia
Por O Dia
Já regulamentado e com orçamento previsto após aprovação no Congresso, o auxílio emergencial de 2021 já tem também previsão para o início dos pagamentos, segundo o ministro da Cidadania, João Roma Neto. Em entrevista à rádio Salvador FM nessa segunda-feira (22), ele afirmou que a primeira parcela começa a ser paga nos dias 5 e 6 de abril, mas reconheceu que os valores não são suficientes para a população. O ministro também destacou o uso das contas digitais para evitar aglomerações e afirmou que, após as quatro rodadas previstas para o benefício, o Bolsa Família será “ampliado e reforçado”.
O orçamento aprovado na Câmara e no Senado foi de R$ 44 milhões, de onde foram estruturados os três valores do auxílio em 2021: R$ 150 para famílias compostas somente por uma pessoa; R$ 250 para famílias com mais de um integrante; e R$ 375 para famílias monoparentais chefiadas por mulheres.
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João Roma Neto reconheceu que os valores são muito baixos para o sustento das famílias: “Óbvio que não são valores suficientes, não podem propiciar conforto. Mas é o que foi viável”, comentou o ministro ao falar sobre a verba aprovada no Congresso.
Ele explicou que “a nova rodada do auxílio emergencial se dará por quatro meses” e vai atingir “aproximadamente 46 milhões de famílias”. Segundo Roma Neto, o calendário será divulgado até o início da próxima semana, mas o pagamento das primeiras parcelas começa nos dias 5 e 6 de abril.
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“Já posso antecipar que o pagamento ocorrerá a partir do início do mês de abril. Aproximadamente nos dias 5 e 6 de abril nós já buscamos viabilizar o início do pagamento do auxílio emergencial. O pagamento vai iniciar e concluir dentro do mesmo mês, de forma escalonada, como foi no ano passado”, contou.
O ministro também fez um apelo para que a população evite ir a agências para movimentar o dinheiro e utilize as contas digitais. Sobre as possíveis aglomerações nas agências bancárias, Roma Neto afirmou que a pasta da Cidadania está se planejando “através dos mecanismos tecnológicos e da comunicação fluida acerca do calendário” para evitar que isso aconteça.
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O ministro descartou ainda uma nova extensão do auxílio depois que as quatro parcelas previstas forem pagas, nos meses de abril, maio, junho e julho. Segundo ele, porém, haverá compensação na ampliação do Bolsa Família.
“Para estender o auxílio precisaria de nova autorização da Câmara e do Senado. O Congresso Nacional precisaria viabilizar mais recursos para isso. Após o mês de julho, pretendemos que a população encontre o programa do Bolsa Família ampliado, fortalecido e reestruturado para que possa ser mais efetivo na vida das pessoas mais vulneráveis”, finalizou João Roma Neto.