Diante deste cenário, diz a OIT, será mais difícil erradicar a pobreza no mundo. De acordo com a organização, mesmo a melhora que se espera no mercado de trabalho será insuficiente para compensar o fechamento de vagas desde o início da pandemia até pelo menos 2023.
Somadas às vagas já perdidas desde o início da pandemia, o número de desempregados chegará a 205 milhões em 2022, ultrapassando o nível de 187 milhões registrado em 2019.
No Brasil, cerca de 15 milhões de pessoas estão na fila por um emprego. A taxa de desemprego já chegou a 14,7%, e o número de desalentados (que desistem de buscar uma vaga) já alcança 6 milhões.
Desemprego mais alto desde 2013
Esses mais de 200 milhões de desempregados corresponde a uma taxa de desemprego mundial de 5,7%. Excluindo-se o período de crise da pandemia, essa taxa foi observada pela última vez em 2013.
As regiões mais afetadas no primeiro semestre de 2021 foram América Latina e Caribe, Europa e Ásia Central.
A recuperação global do emprego deverá acelerar no segundo semestre de 2021, desde que não haja agravamento da pandemia.
Mais 108 milhões na pobreza
No entanto, isso ocorrerá de forma desigual, devido ao próprio acesso díspare às vacinas e à capacidade limitada da maioria das economias em desenvolvimento e emergentes de apoiar fortes medidas de estímulo fiscal.
Além disso, a qualidade dos empregos recém-criados provavelmente se deteriorará nesses países.
A queda no emprego e nas horas trabalhadas se traduziu em uma queda acentuada da renda do trabalho e um aumento correspondente da pobreza.
Em comparação com 2019, mais 108 milhões de trabalhadores em todo o mundo são agora classificados como pobres ou extremamente pobres (o que significa que eles e suas famílias vivem com o equivalente a menos de US$ 3,20 por pessoa por dia).
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