Consumo em restaurantes e bares registrou queda de 55,1% quando comparado ao mesmo período de 2019 Luciano Belford/Agencia O Dia
Com restrições, restaurantes do Rio enfrentam período mais difícil desde junho de 2020
Quantidade de vendas dos estabelecimentos registrou queda de 55,1% quando comparado ao mesmo período de 2019
O consumo em restaurantes, bares, lanchonetes e padarias do Rio de Janeiro teve queda de 38,9% em abril, enquanto a média nacional foi de -33,2%, é o que apontam os índices divulgados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), em parceria com a Alelo, bandeira especializada em benefícios, incentivos e gestão de despesas corporativas. Além disso, os dados, calculados a partir da comparação com o mesmo período de 2019, mostram que os supermercados também estão sofrendo com as medidas de restrição, registrando redução de 13,5% no valor gasto.
Os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) mostram ainda retração de 55,1% na quantidade de vendas, impacto ainda maior que o observado no mês anterior (-50,1%). Somado a isso, o número de estabelecimentos comerciais que efetivaram transações também foi inferior ao observado no mesmo mês de 2019 (-5%).
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"Após um ano de lançamento do Índice Fipe e Alelo, percebemos que houve melhora nas vendas dos restaurantes do Rio de Janeiro que chegaram a registrar uma queda de 67,4% no volume de transações, em abril do ano passado, quando comparado ao mesmo período de 2019", destaca Cesário Nakamura, presidente da Alelo. "De qualquer forma, os números mostram que o segmento ainda sofre com as fortes restrições, alcançando os piores resultados dos índices desde junho de 2020 (-60,4%)", pontua.
Adotando como parâmetro o valor gasto em restaurantes, é possível evidenciar que as regiões mais impactadas em abril foram: Nordeste (-34,8%) e Sudeste (-34,1%), ao passo que as menos afetadas foram as regiões Norte (-31,3%), Centro Oeste (-30,6%) e Sul (-27,4%).
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Em relação aos Índices de Consumo em Supermercados (ICS), os dados de abril indicam que o segmento encerrou o período com queda de 24,6% na quantidade de vendas, tendo como base o mesmo período de 2019. O número de estabelecimentos que realizaram pelo menos uma venda também caiu (-0,3%).
Vale destacar que os Índices de Consumo em Supermercados (ICS) acompanham as transações realizadas em estabelecimentos como supermercados, quitandas, mercearias, hortifrútis, sacolões, entre outros; e os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) apontam a evolução do consumo de refeições prontas em estabelecimentos como restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, além de serviços de entrega (delivery) e retirada em balcão/para viagem (pick-up). Ambos são calculados com base nas operações realizadas a partir da utilização dos cartões Alelo Alimentação e Alelo Refeição, em todo território nacional.
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Além disso, é importante assinalar que a escolha do ano de 2019 para o cálculo dos impactos do consumo se dá pelo fato de que esse ano foi a última referência completa de um período dentro da normalidade da atividade econômica, que ocorreu antes da pandemia.
Metodologia dos índices
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Todos os índices foram elaborados e depurados com base em critérios estatísticos para garantir a consistência e a interpretação dos resultados ao longo do tempo:
Amostra: todos os índices são calculados a partir de dados diários de transações realizadas em estabelecimentos comerciais distribuídos por todo o território nacional, entre 1 de janeiro de 2018 e 30 de abril de 2021.
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Valores atípicos: para evitar oscilações nos índices decorrentes de eventuais entradas ou saídas de empregadores de grande porte na base de dados, observações associadas a empresas que se enquadram nesses critérios foram desconsideradas nos cálculos.
Sazonalidade: foram adotados os seguintes procedimentos para mitigar a influência de fatores sazonais: (i) cálculo de média móvel de 7 dias (dados do dia observado e dos 6 dias anteriores a ele), eliminando assim os efeitos dos dias úteis e finais de semana sobre as séries; (ii) identificação e filtragem de fatores sazonais relacionados ao comportamento das séries em dias específicos dentro de cada mês (1º dia, 5º dia, 10º dia...), por conta do calendário de recarga e distribuição temporal do uso dos benefícios nos estabelecimentos no período.
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Inflação: os dados relativos ao consumo em valor foram deflacionados com base na variação mensal do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Influência de outros fatores: os impactos apresentados não excluem a influência de fatores, eventos e políticas coincidentes com a pandemia sobre o comportamento e hábitos de consumo da população ao longo do período de análise. Todavia, levando-se em conta o caráter inesperado das medidas restritivas instituídas a partir de março, na maior parte das grandes cidades, bem como o padrão comportamental dos índices nos anos precedentes, é possível relacionar as variações atípicas observadas no comportamento das séries à pandemia da Covid-19.
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Frequência: todos os índices são apresentados com frequência diária para todo o período disponível da amostra, tendo por referência inicial (base 100) a média diária em janeiro de 2018. Os impactos calculados estão disponíveis para todos os dias, quinzenas e meses de 2020.
Recorte geográfico: os impactos - apresentados como percentuais de variação dos índices em relação à média observada em 2019 - consideram os seguintes recortes: (i) média nacional (Brasil); (ii) Médias das 5 regiões (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste); (iii) Média dos 26 estados e Distrito Federal (27 unidades federativas).
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