A fisioterapeuta Natália Carion entrou na estatística dos moradores do Rio que deixaram para garantir o presente de última horaReginaldo Pimenta/Agência O Dia

Rio - O clima chuvoso não foi suficiente para afastar os fluminenses da busca pelo presente de Dia das Crianças, que deve movimentar o cenário econômico do Estado consideravelmente. Segundo um levantamento do IFec RJ sobre a data, tradicionalmente uma das mais aguardadas do varejo, a comemoração deve injetar cerca de R$ 1,7 bilhão na economia do Rio. Nesta segunda-feira, 11, alguns atrasados foram ao Saara, no Centro do Rio, em busca de algo para agradar os pequenos. 
Esse é o caso da fisioterapeuta Natália Carion, de 44 anos, que acabou deixando as compras para o último momento. "Eu acho que a gente tá pensando muito em como fazer esse gasto, a população está com pouco dinheiro, as coisas estão muito caras, todas as taxas básicas aumentaram, né? A gente fica pensando bem no que realmente vai dar para a criança, o mais lúdico possível e que seja compatível com a renda da família. Aqui no Saara a gente encontra coisas mais baratas, itens mais em conta e mais variedade, dá até pra comparar os preços melhor", explicou. 
A gerente comercial Bianca Mota, de 46 anos, também marcou presença no Saara hoje. Ela contou que não presenteia mais os filhos, que já estão crescidos, mas que foi em busca de itens para doação. "Não tenho mais filhos pequenos, meus filhos são adultos e a gente ajuda algumas instituições. Nós tivemos que pesquisar um pouquinho porque as coisas estão bem mais caras e tem uma média máxima de preço dos itens que podemos doar lá, não permitem uma doação grande. Aqui realmente foi um lugar onde encontramos mais em conta e acho que vai dar pra atender bastante gente", comentou.
Neste ano, a sensação das lojas são os fidget toys, brinquedos que estimulam a parte sensorial das crianças e viraram febre nas redes sociais. De acordo com os dados de busca do Google a procura por esse tipo de item cresceu 1.000%. Houve também uma alta de 53% na procura por carrinhos elétricos, patinetes elétricos (29%) e blocos de montar (23%). Para os atrasados, o Procon-RJ reforçou que a pesquisa de uma loja para outra já pode fazer diferença no valor pago pelos presentes.
"Se a compra do presente for efetuada pela internet, o consumidor precisa ficar atento para não cair em golpes. É importante observar se o site é seguro, confiável, se possui o nome e o CNPJ da empresa e informações necessárias para fazer contato. Além disso, atenção aos valores oferecidos pelos produtos ofertados. Preços muito abaixo da concorrência devem ser vistos com desconfiança, o internauta pode estar comprando de uma empresa não confiável, que não vai entregar o item comprado", acrescentou o órgão.
A autarquia orientou, ainda, que os pais e responsáveis estejam atentos ao selo do Inmetro e a idade indicada para cada brinquedo.
"A primeira coisa que deve ser procurada no brinquedo é o selo de certificação do Inmetro. Ele é a garantia de que o produto foi avaliado e apresenta as condições mínimas de segurança para o seu uso. Seja o produto nacional ou importado, o selo deve estar presente. Outro fator muito importante é a faixa etária para a qual o brinquedo é indicado pelo fabricante. Um brinquedo pode ser adequado para uma idade, mas perigoso para outra. Os recomendados para crianças mais velhas, por exemplo, podem conter peças pequenas que se soltam e podem ser perigosas para as mais novas", explicou o Procon-RJ.
Segundo o órgão, para crianças menores, é bom evitar brinquedos que possuem partes muito pequenas, já que a criança pode engolir os itens. O mesmo vale para brinquedos que possuem baterias menores, cordas ou qualquer outro objeto que possa causar enforcamento.

"Alguns brinquedos podem conter elementos tóxicos em suas composições que não podem ser levados à boca, podendo ser uma brincadeira perigosa para as crianças que estão na “fase oral”. No caso de crianças alérgicas, observar a composição é primordial, já que o brinquedo pode conter substâncias que a criança tenha alergia", concluiu.