Em sua grande maioria, os golpes financeiros são transmitidos por SMS, e-mail e redes sociaisInternet

Nos dez primeiros meses deste ano, a PSafe, a unidade especializada em cibersegurança do grupo CyberLabs bloqueou mais de 3.4 milhões de golpes financeiros. Dado representa uma média de mais de 11 mil por dia e de 400 por hora. Às vésperas da Black Friday e da implementação da quarta fase do open banking, que envolve dados sobre câmbio, serviço de credenciamento, investimento, seguros e previdência, o dado acende um alerta tanto para consumidores, quanto para empresas, devido ao risco de prejuízos financeiros incalculáveis.
Em sua grande maioria, os golpes financeiros são transmitidos por SMS, e-mail e redes sociais. Os principais riscos para pessoas físicas são a invasão dos cibercriminosos nas contas bancárias digitais, onde eles pegam as credenciais da vítima e podem pagar contas, boletos, fazer empréstimos e transferências.
Entre as estratégias utilizadas pelos golpistas estão: suposto desbloqueio ou bloqueio do cartão do banco, suposto pedido de atualização de senha, falsa oferta de upgrade da conta e benefícios nas transações, usando sempre o nome de grandes instituições, ou pedindo uma suposta atualização do app do banco on-line, que instala um app falso.
O CEO da PSafe, Marco DeMello enfatiza que somente neste ano, a empresa bloqueou mais de 30 milhões de phishings - ação fraudulenta caracterizada por tentativas de adquirir ilicitamente dados pessoais de outra pessoa- e, nos últimos três meses, mais de 12 milhões de ameaças de malwares no Brasil.
"Temos visto uma engenharia social cada vez mais sofisticada e focada não apenas em pessoas físicas, mas principalmente nas empresas pelo alto poder lucrativo do golpe. Para atingir as empresas, focam nos colaboradores, atacando principalmente por meio de phishings e arquivos maliciosos cada vez mais convincentes de que são reais e com alto poder de fisgar vítimas", destacou DeMello.  
Quando falamos de empresas, o CEO destaca que muitas delas, por terem uma equipe dedicada de tecnologia da informação, imaginam que seja impossível que seus funcionários caiam.
"Ouço muito, especialmente de pequenas e médias empresas: nosso time de tecnologia da informação não baixa programas desconhecidos, não entra em sites de pirataria, portanto estamos seguros. Isso não é uma verdade, pois os cibercriminosos estão explorando outras vulnerabilidades e os golpes têm sido cada vez mais sofisticados", explica.
Um colaborador que clique em um link malicioso acreditando se tratar de um comunicado oficial de sua instituição financeira pode colocar em risco todo o sistema da empresa, por isso a importância de várias camadas de proteção.
"Os cibercriminosos fazem inúmeras tentativas e só precisam acertar uma vez para comprometer todo o sistema de uma empresa, que podem gerar os mais diversos prejuízos: vazamento de informações sigilosas sobre estratégias e orçamento da empresa, vazamento de dados dos clientes, até um ataque ransomware, onde dados são criptografados e, para recuperá-los, as empresas precisam pagar valores altíssimos de resgate", finaliza o CEO da PSafe.
Confira dicas para proteger você e seus dados das ações dos cibercriminosos:
- Tenha um bom sistema de segurança instalado no celular. Dê preferência aos aplicativos com função Bloqueio de Hackers que alertam em tempo real caso você receba ou acesse um link malicioso por meio do WhatsApp, Facebook Messenger, navegador e SMS.
- Compre apenas em sites confiáveis. Evite clicar em links enviados por perfis desconhecidos e desconfie de promoções com preços muito abaixo do mercado.
– Não forneça dados pessoais ou bancários na internet. Cibercriminosos podem solicitar dados pessoais ou bancários às vítimas. Essas informações podem ser usadas por pessoas mal-intencionadas para aplicar os mais diversos tipos de golpe utilizando engenharia social.
- Busque sempre os canais oficiais das marcas para confirmar a veracidade das ofertas.
- Procure pelo selo de verificação nos perfis das marcas nas redes sociais e nunca informe dados pessoais ou bancários em sites dos quais desconhece a procedência.
- Jamais informe os números de verificação de SMS.